Com tecnologia da Unicamp, equipe desenvolveu produto alimentício a partir de frutas nativas

Texto: Carolina Octaviano e Juliana Ewers

Fotos: Pedro Amatuzzi

Com uma patente que permite reaproveitar resíduos da indústria de frutas para produção de doces, a equipe Confeitos foi a grande vencedora do Desafio Unicamp 2018, competição de modelos de negócios a partir de tecnologias desenvolvidas na universidade. O modelo de negócios da equipe tem foco no consumidor final, pois pretende comercializar confeitos e chocolates com o recheio de frutas típicas da Mata Atlântica. A final da competição foi realizada hoje, no auditório 5 da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

“O nosso potencial com as frutas brasileiras é gigante, mas muito pouco explorado. Normalmente, exportamos as frutas e elas voltam para cá em forma de produtos. É um grande privilégio poder oferecer um produto 100% nacional e com tecnologia local”, aponta Fábio Mincauscaste Mendes, responsável pelo Pitch vencedor. “A vitória no Desafio fecha uma cadeia, porque a gente começa com a pesquisa e agora colocamos nossa ideia para funcionar. Ganhar o Desafio é uma grande conquista”, destaca a Professora Priscila Efraim, uma das inventoras da tecnologia e membro da equipe campeã. Esta edição do Desafio Unicamp contou com participação de 234 pessoas, divididas nas 55 equipes inscritas. Ao todo, mais de 300 pessoas participaram do Workshop de Lean Canvas – primeiro evento realizado pelo programa.

A Confeitos é composta também por Rodolfo Kosbiau Trevisan, Juliana Campos Hashimoto e Kazumi Kawasaki Ramos, que também participou do desenvolvimento da tecnologia. A equipe vencedora foi premiada com R$3 mil para cada integrante, programa de pré-aceleração na Baita Aceleradora, formação Green Belt pela FM2S, além de troféus e certificados.

Das 6 equipes finalistas, 3 delas eram formadas por pesquisadores que tiveram participação no desenvolvimento das tecnologias. O Professor Newton Frateschi, diretor-executivo da Inova Unicamp, destacou, justamente, o papel importante dos inventores como membros das equipes finalistas. “Os competidores desta edição estão bem focados em não apenas ganhar o Desafio, mas também em criar novas empresas. É muito interessante vermos todas as equipes, fervorosamente, buscando maneiras de levar nossas patentes para o mercado”, completa Frateschi.

“Eu sei que estão todos ansiosos para saber o resultado”, brincou o Reitor da Unicamp, Professor Marcelo Knobel, na abertura de sua fala. “Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar as equipes. E ressaltar o quanto é importante para a universidade ter iniciativas de promoção à inovação e ao empreendedorismo. Com isso, fomentamos a criação de negócios de impacto, além de gerar benefícios para a sociedade na forma de produtos mais inovadores”, afirmou.

Também chegaram à final da competição as Inovictus, Hartman´s, Korper3D, 4Healing e Regen-Aid. Os finalistas desenvolveram modelos de negócios para tecnologias como etiqueta passiva de RFID com etiqueta de padrão fractal, um mucoadesivo com efeito anestésico prolongado para uso odontológico, um processo para obtenção de um biocurativo e um método para correção automática dos maxilares em 3D.

Confira a reportagem:

Desafio Unicamp 2018                                                         

São patrocinadores do Desafio Unicamp 2018 a Clarke, Modet &Co, a FM2S Consultoria, a Baita Aceleradora e a Cervejaria Ambev. A iniciativa contou com o apoio da Rede Global do Empreendedorismo Campinas, da Venture HUB, do Founder Institute, da Incamp e da Liga Empreendedora, da Anjos do Brasil, da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, do Núcleo de Empresas Juniores da Unicamp, da Associação Campinas Startups, do CIESP Campinas e da GTA Factory.

Para saber mais sobre o Desafio Unicamp, acesse: www.inova.unicamp.br/desafio