Com o desafio de transformar uma patente da Unicamp em negócio, oito estudantes da Universidade Tiradentes (Unit), distribuídos em dois grupos, VitaNanoBio e NanoUnique, chegaram na etapa final do 13º Desafio Unicamp 2023, reconhecido programa de promoção ao empreendedorismo. Agora, estão na última etapa em que montam um pitch e apresentam para uma banca avaliar qual dos seis grupos concorrentes irá vencer.
Os alunos dos cursos de Biomedicina e Farmácia e do mestrado e doutorado do Programa de Biotecnologia Industrial (PBI) da Unit passaram por três etapas até alcançarem a final, com direito a mentorias nacionais e internacionais.
“É gratificante testemunhar meus alunos participando do Desafio Unicamp e alcançando a posição de finalistas. Esse resultado é um reflexo da excelente formação proporcionada pela Universidade Tiradentes, juntamente com a infraestrutura de alto padrão fornecida pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa. Estimular os estudantes a desenvolver habilidades, conhecimento e inovação no mundo BANI forma profissionais diferenciados. Parabéns, meus jovens, pela dedicação, determinação e paciência demonstradas ao longo dessa jornada. Eu sou a professora que morre de orgulho de vocês”, comemora a professora Patrícia Severino, grande incentivadora dos estudantes, em suas redes sociais.
Em 2022, um dos grupos participou e ficou entre os 10 primeiros, a VitaNanoBio. Para este ano, a estudante do mestrado em Biotecnologia Industrial da Unit, Erika Santos Lisboa, está confiante. “Aprimoramos nossos conhecimentos participando de outros programas, além de estruturar melhor todos os documentos necessários, como canvas e pitch”, detalha. Ela explica ainda que a patente que estão debruçadas consiste na produção de uma solução capaz de matar fungos, bactérias e vírus, inclusive o SARs Cov-2 (COVID-19). “Essa solução possui longa ação e não é tóxica. Nós estamos focando em colocar essa solução no mercado como um agente sanitizante para a limpeza de diversos ambientes”, detalha Lisboa.
É a primeira vez que o doutorando Pedro Ellison do Nascimento, membro da equipe NanoUnique, participa do Desafio Unicamp. “Não participei do desafio ano passado, entretanto outras equipes no laboratório LNMed [o qual faz parte] participaram e isso foi de fundamental importância para a nossa evolução”, conta.
A atuação da equipe está focada em outra patente desenvolvida pela Unicamp. “Temos que transformá-la de forma que o estudo feito em laboratório se torne um benefício para a sociedade. E pensando nisso, a patente escolhida foi uma membrana com capacidade de regenerar tecidos, isso possibilita diversas aplicações, desde produção de curativos de menor gravidade aos mais complexos”, detalha.
Seu colega de equipe, aluno do 5º período do curso de Farmácia da Unit, Bruno Cavalcante, que em janeiro participou do MIT Global Startup Labs (MIT GSL), acredita na importância das ações de internacionalização e inovação promovidas pela Unit. “Todos esses desafios são impactantes. Mudou muito a minha forma de ver o mundo! A experiência em desenvolver uma startup em três semanas durante o MIT GSL 2023, auxiliou no desenvolvimento dessa nova startup para o Desafio Unicamp, pois com a vivência que tive em janeiro, possibilitou ter uma ideia do que eles queriam e como queriam”, conta.
A apresentação final do Desafio Unicamp acontecerá no próximo dia 29, às 15h, com transmissão pelo Zoom aberta ao público e votação popular.
Desafio Unicamp
O Desafio Unicamp é uma competição dedicada a estimular a criação e o desenvolvimento de novos negócios a partir de tecnologias protegidas pela Unicamp (patentes e programas de computador). Os participantes recebem capacitação na Metodologia Lean Canvas, acompanhamento e apoio de mentores do mercado e da academia para o desenvolvimento de seus modelos de negócios.
O principal programa de promoção ao empreendedorismo da Universidade é organizado pela Inova Unicamp desde 2011 e já capacitou mais de 3.480 pessoas ao longo de 12 anos.
A 13ª edição do Desafio Unicamp registrou a participação de 195 inscritos, de 43 cidades diferentes, distribuídas em quatro regiões do Brasil (Norte, Nordeste, Sudeste e Sul). Do total de participantes, 42% são da Região Metropolitana de Campinas e 56% não tinham vínculo com a Unicamp.
