Jornal da EPTV | Geração atual busca autonomia financeira e impacto social, diz pesquisa

Captura de tela, Ana Frattini, diretora-executiva da Inova Unicamp, dá entrevista para a EPTV Campinas. Fim da descrição.

Uma boa parte da geração atual busca autonomia financeira e Impacto social, é o que diz uma pesquisa da Agência de Inovação da Unicamp que ouviu mais de 800 universitários. 40% dos entrevistados disseram que desejam abrir o próprio negócio.

Eles são jovens, vão concluir em breve o curso de engenharia ambiental, Igor e Emanuel pesquisam e desenvolvem maneiras de tratar o esgoto das indústrias de uma forma inovadora. Em breve, as ideias deles vão se tornar uma empresa.

Nos últimos meses Emanuel usou o bambu para tratar resíduos de um frigorífico, Igor pesquisa como aplicar técnicas semelhantes para remover os corantes do esgoto da Indústria Têxtil.

“Eu quero o impacto social, principalmente porque eu sou uma pessoa que vem de uma comunidade pobre. Eu venho de São Paulo, meus pais sempre incentivaram os estudos e, hoje, sempre quando eu volto para São Paulo, vejo que lá têm diversas comunidades, diversos locais que jogam esgoto no rio e foi sempre meu sonho mudar essa realidade de alguma forma” disse Igor Santos, estudante de Engenharia Ambiental na Unicamp, que possui uma empresa incubada na Incubadora de Empresas de Base Científica e Tecnológica (Incamp).

“É um investimento tanto de tempo, concentração, pesquisa, desenvolvimento e eu creio muito na minha ideia e a gente faz acontecer” disse Emanuel Caponi, também estudante de Engenharia Ambiental na Unicamp e sócio na empresa incubada na Incamp.

Essa vontade de sair da Universidade com o projeto próprio para não depender do mercado de trabalho lá fora foi detectada em uma pesquisa recente da Unicamp feita pela Agência de Inovação da Universidade. 40% dos alunos desejam abrir a própria empresa e não é só para ganhar dinheiro.

837 alunos responderam à pesquisa. Entre os alunos que desejam empreender, 49% acreditam que esse é o caminho para o sucesso financeiro, mas 41% desejam fazer algo bom para o mundo, através das ideias inovadoras. Se as vontades existem, as barreiras também: dos estudantes que não querem empreender, 21% dizem que não vão ter dinheiro pra isso, 17% tem medo dos riscos e da incerteza, 16% afirmam não ter conhecimento técnico e 14% sentem que não têm habilidades administrativas.

“A primeira sensação de quem deseja empreender é que, às vezes, ele não tem capital suficiente para tal. Entretanto, temos vários mecanismos institucionais, governamentais que podem atender essas pessoas. O nosso papel como Agência de Inovação é mostrar esses possíveis caminhos de obtenção de financiamento para levar o empreendimento à frente” afirma Ana Frattini, diretora-executiva da Inova Unicamp.

Paulo faz mestrado na Unicamp, está criando a quarta empresa da trajetória profissional dele. Dessa vez em parceria com a Maibí que é pedagoga. Eles desenvolvem um produto digital com uma missão e tanto: dar ajuda on-line para os que lidam com os desafios de educar pessoas com deficiência. Nessa jornada, tem sido importante buscar os conhecimentos necessários

“Toda jornada eles [Inova Unicamp] nos mostraram como montar cada um dos cenários, por exemplo: Como conquistar clientes, como mostrar os diferenciais para os clientes. Então acho que tudo isso são coisas que facilitam a vida e eu acredito que buscar o conhecimento além desse cenário de construção das ferramentas, trazer diversidade para dentro da empresa com pessoas de outras áreas” conta Paulo Cesar Kussler, aluno de mestrado no Instituto de Computação (IC), sócio-fundador da Lux Educação Inclusiva e ex-aluno da disciplina de inovação e empreendedorismo da Inova Unicamp.

“Educação inclusiva perpassa por qualquer espaço, por qualquer nível e a gente vem conseguindo levar esse conteúdo adiante. Através do digital, nós conseguimos auxiliar uma família, que está muito longe daqui, a saber quais os direitos daquele filho; um colaborador a lidar com outro colega que tenha deficiência. Então, nós conseguimos impactar a sociedade de uma forma muito mais ampla e efetiva, porque realmente a gente traz práticas que já estão validadas e podem colaborar com a qualidade de vida e com a auto realização da pessoa com deficiência e transtornos”, explica Maibí Mascarenhas, ex-aluna da disciplina de inovação e empreendedorismo da Inova Unicamp, pedagoga e sócia-fundadora da empresa Lux Educação Inclusiva

As mentes pensantes da região tem o potencial de oferecer ideias, soluções e inovações que podem beneficiar o país inteiro.

“Nós temos uma fuga muito grande de cérebros pro exterior, nós formamos recursos altamente qualificados, recursos humanos, altamente qualificados e os outros países já descobriram isso e roubam nossos alunos, então nós queremos criar oportunidades e conseguirmos auxiliar essas pessoas que queiram buscar essas oportunidades aqui no Brasil” conclui Ana Frattini.

Confira a reportagem na íntegra

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