O Liberal | Empresas-filhas faturam R$ 19,3 mi e geram 6,3 mil empregos em um ano

Fotografia de mulher branca de cabelos loiros. Ela está em academia e veste camiseta regata azul e tem o braços cruzados. Fim da descrição.

Entre mais de mil companhias ligadas à faculdade, 21 delas estão ativas nas cidades região.

Ana Carolina Leal | Foto: Junior Guarnieri / Liberal

As “empresas-filhas” da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) faturaram entre setembro do ano passado e o mesmo mês deste ano, R$ 19,3 bilhões. O valor é 20,6% superior ao alcançado no mesmo intervalo de 2020 e 2021 – R$ 16 bilhões.

Os dados, divulgados neste mês pela Agência de Inovação Inova, da universidade, mostram ainda que a geração de empregos cresceu 14,5% no período. No balanço anterior, a Inova contabilizou 38.963 empregos diretos. Neste ano, o total subiu para 44.624, com abertura de 6.309 vagas.

Ao todo, a Inova mapeou 1.061 empresas-filhas, que são companhias criadas por profissionais ligados à Unicamp – como ex-alunos, funcionários e professores – ou que tenham como atividade principal uma tecnologia licenciada da instituição. Ao menos 21 delas funcionam na RPT (Região do Polo Têxtil).

É o caso da WebTraining, em Americana. Ela foi fundada em 1998 pelo ex-aluno da FEEC (Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação) da Unicamp, Alexandre De Munno Francisco, de 51 anos.

De acordo com ele, a empresa surgiu a partir de uma necessidade não atendida de educação à distância via internet para o mercado corporativo.

“Fomos contratados para sermos o responsável pelo desenvolvimento de uma plataforma de ensino de inglês para engenheiros. A partir do sucesso dessa iniciativa, nos estruturamos para atender o mercado corporativo em geral”, afirma.

Nos últimos 12 meses, o faturamento da empresa aumentou 15% e o quadro de funcionários, 10%, totalizando 30 colaboradores.

O impacto no aumento do faturamento total das empresas-filhas cadastradas (1.293) é explicado, segundo o relatório da Inova, pelo número de mais de mil delas ativas (1.061) no ano de 2022, sendo 13 de grande porte, com um ganho superior a R$ 300 milhões. Todas são da área de energia.

Também formado pela FEEC, em engenharia elétrica, Leandro Gaiola Sagradim, de 30 anos, abriu em 2019, em Americana, a Flexvolt, empresa com foco em energia solar e outros projetos de engenharia elétrica.

“A motivação para a fundação da empresa foram as experiências com energia renovável na Unicamp, suporte de colegas e professores que atuam com pesquisa na área”.

Segundo o engenheiro, nos últimos 12 meses, o faturamento quadriplicou. Por conta disso, a empresa fortaleceu parcerias na cidade e região com eletricistas, vendedores, agência de marketing e contador.

Perfil: maioria das empresas está na região

Ao todo, 91,6% das empresas-filhas estão sediadas no Estado e destas, 45,4% estão na cidade de Campinas, onde se localiza o principal campus da Unicamp. Outras 10,6% mantêm suas matrizes nas demais cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) e 3,4% registram sedes na recém-criada RMP (Região Metropolitana de Piracicaba), onde estão os campi de Piracicaba e Limeira da Unicamp.

Em Santa Bárbara d’Oeste, a ex-aluna do curso de educação física da Unicamp, Patrícia Carboni, de 35 anos, fundou em 2014, a Sempre+Centro de Treinamento.

A empresa surgiu, inicialmente, com a intenção de ser uma assessoria de corrida, mas outras oportunidades apareceram e, hoje, oferece também programas de qualidade de vida para empresas e funciona como um centro de treinamento funcional.

“Quando abri o negócio, o faturamento era de cerca de R$ 20 mil anual e, hoje, é de aproximadamente R$ 280 mil”, conta.

Conforme relatório da Inova, 59,4% das empresas-filhas optam por permanecer ou manter suas matrizes perto da universidade. Essa aproximação, segundo o diretor-executivo da agência, o professor Renato Lopes, é benéfica tanto para a região – gerando renda e empregos – quanto para a Unicamp e para as empresas-filhas, especialmente as de base tecnológica.

“A concentração das empresas-filhas próximas aos campi da universidade também contribui para a continuidade da interação dos ex-alunos e de seus negócios com a Unicamp. A contratação de alunos e os projetos de pesquisa e desenvolvimento são as principais vantagens”, avalia.

 

Matéria original publicada em O Liberal.

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