Para a diretora-executiva da Inova Unicamp, agência de inovação da instituição, Ana Frattini, defende que o contínuo crescimento de concessões é acompanhado pela maior qualidade das invenções apresentadas, principalmente de tecnologia.

“Podemos atribuir esse resultado a um processo mais ágil, da perspectiva do Inpi, mas também à nossa diligência e qualidade, cada vez mais atentos à possibilidade de servir à sociedade a partir da tecnologia”, argumentou ela.

INVENÇÕES E TECNOLOGIA

As invenções foram desenvolvidas por docentes e pesquisadores. Entre elas, está o uso nanotecnologia para obter uma gordura mais saudável e que substitui a gordura trans em alimentos, mantendo consistência, textura, aparência e sabor.

A patente foi licenciada para a empresa-filha da Unicamp, Noviga, e já é comercializada no mercado na forma de um produto com a marca Microcap.

Outro exemplo é um composto antimicrobiano que combina óleo de copaíba com nanopartículas de prata produzidas a partir de fungos. A substância apresenta eficácia terapêutica contra infecções, diminuindo os efeitos adversos.

O invento foi feito em parceria com pesquisadores de outras três universidades e aguarda o interesse de empresas para se transformar em um produto.

ESTRATÉGIA

As patentes depositadas representam uma propriedade temporária, legalmente concedida pelo Estado e que depois passam pela análise da autarquia federal para serem ou não concedidas.

Ao todo, a Unicamp soma 1.276 patentes ativas no Portfólio de Tecnologias já disponíveis para licenciamento. A propriedade intelectual serve para transformar o conhecimento científico em ativos para a sociedade.

A diretora de propriedade intelectual da Inova Unicamp, Raquel Barbosa, explica que os ativos protegidos ganham vantagem competitiva, agregando valor e exclusividade.

“Com isso, as empresas que licenciam patentes da Unicamp podem atrair mais investimento e gerar mais empregos, alimentando a roda da inovação”, finaliza ela.