Parque Científico e Tecnológico da Unicamp recebe empresas de edital com a prefeitura de Paulínia

Texto: Thais Oliveira

Foto: Pedro Amatuzzi

O Parque Científico e Tecnológico da Unicamp receberá neste mês as primeiras empresas aprovadas no edital para a seleção de empresas no programa de incubação da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), em parceria com a Prefeitura Municipal de Paulínia e o Parque Tecnológico e Empresarial Galileo. As empresas aprovadas são: Especiarias da Amazônia e Pro Health.

Especiarias da Amazônia é uma empresa de soluções na extração de ativos medicinais, com foco nas cadeias da indústria alimentícia e de cosméticos.  Antes mesmo da aprovação no processo seletivo para a incubação, a empresa se interessou pelas propriedades medicinais da planta jambu, e licenciou o pedido de patente “Processo de purificação de extrato de jambu, extrato purificado assim obtido, composição anestésica e bioadesivo contendo extrato purificado de jambu e usos”, depositado pela Unicamp no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

De acordo com Danubio Carvalho, fundador da Especiarias da Amazônia, estar incubado na Incamp é essencial para o desenvolvimento da empresa.  “A incubadora nos proporciona um acesso mais rápido à especialistas da Unicamp, e ao mesmo tempo, por meio da consultoria de negócios, nos ajuda com o desenvolvimento de produtos, fazendo com que eles cheguem mais rápido ao mercado”, comenta Carvalho.

A outra empresa a ser recebida pela Incamp é a ProHealth, que atua com soluções e diagnósticos para biomarcadores na limpeza de instrumentais cirúrgicos. De acordo com Carlos Saraiva, fundador da startup, já existem biomarcadores que identificam a situação desses instrumentais, porém, esses indicam somente quais bactérias foram eliminadas e não avaliam o estado final do instrumental. O objetivo da ProHealth é levar um diagnóstico mais completo a clínicas e hospitais, proporcionando uma maior segurança aos pacientes e uma diminuição do custo operacional, devido a esterilização correta para cada instrumento.

A startup já conta com o apoio da FAPESP por meio do programa PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas). Para Saraiva, é muito importante a união entre o PIPE e a Incamp, pois enquanto a primeira impulsiona a pesquisa, a segunda proporciona um ambiente favorável ao desenvolvimento. “Ser uma empresa incubada na Incamp é ter um apoio integral para o desenvolvimento, com todas as facilidades dentro da Universidade”, completa Carlos Saraiva.

Sobre o Edital

O edital faz parte de um programa conjunto entre Unicamp, Paulínia e Galileo de transferência de conhecimento da gestão de incubadoras e parques da Universidade para os parceiros, de maneira que uma Incubadora de Empresas de Base Tecnológica possa ser operada em parceria com a Universidade na cidade de Paulínia.

“São as primeiras empresas a ingressar neste processo de incubação que é inusitado pelo formato. Pela primeira vez a Unicamp tem um processo conjunto de incubação onde participam representantes de um novo Parque Tecnológico, que está na fase de implantação, e da prefeitura de Paulínia, município onde está localizado este empreendimento e que tem um enorme potencial de atração de empresas de base tecnológica”, relata Eduardo Gurgel, diretor do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp.

A parceria, firmada em 2017, garante o desenvolvimento das empresas nas áreas de modelo de negócios, treinamentos em áreas em áreas ligadas ao empreendedorismo, como marketing e vendas, além de consultoria com profissionais do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da Febraec (Federação Brasileira das Empresas de Consultoria e Treinamento), que são parceiros da Incamp. Além dessas atividades, as empresas selecionadas também terão orientação nos campos de transferência de tecnologias e propriedade intelectual a fim de aperfeiçoarem suas performances e para fomentar novas ideias e parcerias.

 

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