Com participação da Inova Unicamp, evento é parte da Semana Global do Empreendedorismo

Texto: Thais Oliveira

A necessidade da união crescente entre os diversos atores do ecossistema de empreendedorismo de Campinas foi a principal mensagem trazida pelo Fórum Ecossistema Empreendedor de Campinas e Região, realizado nesta quarta-feira (28/11), pelo Campinas TECH, na Faculdades de Campinas (FACAMP). O Campinas Tech é uma comunidade derivada da reunião de propósitos da Associação Campinas Startups (ACS) e da Rede Global de Empreendedorismo (RGE) de Campinas.

O evento, que fez parte da Semana Global do Empreendedorismo, reuniu universidades, startups, empresas e o setor público em dois painéis para discutir o desenvolvimento e as características do ecossistema de Campinas.  O objetivo do Fórum foi debater a necessidade de um ecossistema mais fortalecido e com mais elos a fim de que a Região Metropolitana de Campinas (RMC) tenha um cenário empreendedor cada vez mais dinâmico.

Baseado nos conceitos sobre a organização dos ecossistemas de inovação e empreendedorismo, disponíveis no livro “Startup Communities”, de Brad Feld, o primeiro painel contou com a presença dos feeders (fomentadores da cadeia empreendedora). Na ocasião, houve participação do professor Newton Frateschi, diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp; de André Von Zuben, secretário municipal de desenvolvimento econômico, social e turismo de Campinas; Érico Pastana, co-fundador da Venture Hub; e de Nilcio Cairbair, gerente regional do Sebrae. A moderação do painel ficou sob a responsabilidade de Luiz Drouet, vice-presidente e sócio-gerente de ecossistema na Campinas TECH.

Para o secretário André Von Zuben, a cidade de Campinas vem avançando muito na área de inovação, sendo a primeira cidade do país a criar uma lei para startups por meio de incentivo fiscal. “Essa medida serviu como modelo para diversos municípios do país”, afirmou Von Zuben. No geral, os feeders apontaram que a RMC tem muito potencial para se destacar frente à outras cidades empreendedoras, como São Paulo e Belo Horizonte, devido aos privilégios de mercado e pesquisa para mais parcerias. Porém, é preciso que haja uma maior disseminação da cultura empreendedora.

Nesse sentido, também foi destacado que aquelas que lideram a comunidade precisam ter como responsabilidade o fortalecimento dessa cultura, de estudar formas para conseguir disseminá-la na sociedade, assim, como atrair possíveis empreendedores. No setor da educação, o diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp defendeu que o papel das universidades é essencial na alimentação desse ecossistema. “A principal missão das universidades é formar talentos que vão fomentar a inovação nas empresas e instituições nas quais eles vão trabalhar. A formação desse espírito empreendedor se dá não só dentro da sala de aula, mas também no exercício das atividades de pesquisa”, explicou Newton Frateschi.

Já o outro painel contou com a presença dos leaders (empreendedores que lideram a comunidade) e teve participação de Carlos Cêra, co-fundador da Superlógica e diretor-executivo do PJBank; Fábio Póvoa, co-fundador da Movile e diretor-executivo da Smart Money Ventures; Menotti Franceschini, co-fundador da Softway e líder da Corporate Value Proposition da Thomson Reuters Brasil; e Raul Cardoso, presidente da Campinas TECH, como moderador do painel.