Painel solar híbrido é a tecnologia selecionada pela Max-Energy

Texto: Carolina Octaviano

Foto: divulgação

Com o intuito de prover maior eficiência energética para estabelecimentos comerciais e industriais, a Max-Energy, umas das equipes finalistas do Desafio Unicamp 2015 – competição de modelos de negócio a partir de tecnologias desenvolvidas na Unicamp – escolheu a tecnologia Painel Solar Híbrido para desenvolver seu modelo de negócio.

“A tecnologia do nosso produto se baseia em um sistema que extrai a energia solar de duas formas: o aquecimento de água e a geração de energia elétrica por conversão fotovoltaica”, afirma Daniel Pinheiro, aluno de Mestrado da Engenharia Elétrica na Unicamp e representante desta equipe. Ele explica também que a tecnologia permite ganhos significativos em termos de eficiência energética. “A redução da temperatura das células aumenta a eficiência da geração elétrica, podendo ser até 30% superior aos painéis fotovoltaicos convencionais”, defende Pinheiro.

O mestrando em Engenharia Elétrica conta que a escolha pela patente aconteceu por causa da familiaridade dos integrantes da equipe com os elementos da tecnologia em questão. “A equipe é formada por três engenheiros eletricistas e um engenheiro eletrônico com experiência nas áreas de energias renováveis, eficiência energética e gestão de energia. Os integrantes da Max-Energy acreditam na tecnologia em virtude do potencial desta em atender a atual necessidade do setor comercial, ou seja, garantir uma redução dos custos de energia elétrica com confiabilidade de fornecimento”, comenta.

A equipe é também formada por Fábio Alexandre Martins, Pedro Pablo Vergara Barrios – ambos do mestrado em Engenharia Elétrica – e Hader Dias Azzini – do doutorado em Engenharia Elétrica pela Unicamp – e teve como mentor acadêmico Arthur Vieira Oliveira, responsável pela tecnologia, que foi primordial para sanar as dúvidas dos membros da Max-Energy. “A interação com o mentor acadêmico foi essencial para esclarecer dúvidas relacionadas a pontos estratégicos da tecnologia”, aponta.

Segundo Pinheiro, embora a equipe já tivesse pensando em um modelo de negócio para a tecnologia desde a escolha dela, ele começou a ser moldado a partir do Workshop BMC, etapa de capacitação da iniciativa. “Nessa ocasião, os membros da equipe tiveram contato com as primeiras diretrizes do modelo de negócio por meio do palestrante Stephen Fleming (da Georgia Tech) e do mentor presente neste Workshop. Com as ideias trabalhadas durante o evento, a equipe desenvolveu a estrutura do modelo de negócio”, lembra.

Passada esta etapa, Pinheiro diz que a participação do mentor empresarial Carlos Alberto Fróes, que é CEO da KNBS, empresa voltada a gestão do conhecimento e desenvolvimento de negócios, e o contato com futuros clientes foram primordiais para o estabelecimento do modelo de negócio adotado pelo grupo. “O mentor empresarial contribuiu de forma decisiva para a evolução das metas estabelecidas pela equipe no primeiro momento da competição. Foi muito importante também a troca de experiências com os potenciais clientes, o que resultou na readequação do modelo de negócio, visando atender as necessidades destes empreendimentos”, explica, afirmando que, na visão dele, a participação no Desafio Unicamp os motiva a continuar como empreendedores. Ele relembra que a equipe já foi procurada por um possível investidor que mostrou interesse na tecnologia e no modelo de negócio.

A final do Desafio Unicamp 2015, que é restrita a participantes e convidados, vai ser realizada no próximo dia 3 de julho, às 14:30, no Centro de Convenções (CDC) da Unicamp. Esta é a primeira vez que o CDC abrigará a final da iniciativa, que está na quinta edição. Além da Max-Energy, estão na final da competição: Agora Vai, AgroTEK, Hidrotec, Novigo e Pomares.

O Desafio Unicamp

Ao longo da competição, são realizados workshops, palestras e mentorias para as equipes tirarem suas dúvidas e conseguirem elaborar seus modelos de negócios. Ao final da competição, a equipe vencedora é premiada, estimulando a participação e o engajamento dos alunos. A equipe vencedora será premiada com R$ 3 mil para cada integrante, pré-aceleração na Baita Aceleradora, formação Green Belt pela Escola EDTI para cada integrante, sem custos adicionais, um troféu para cada integrante e certificado de participação como finalista para cada integrante. A equipe que conquistar a segunda colocação ganhará: mil reais e certificados para cada integrante, além de pré-aceleração na Baita Aceleradora. A equipe terceira colocada também ganhará pré-aceleração na Baita Aceleradora e certificado para cada integrante.

Em 2015, patrocinam a iniciativa a Capes, a Embraer, o CNPq, a LDSoft, a Clarke, Modet & Co, a Baita, a Edti, a Village Marcas e Patentes, a PWC, a IMA, a Matera Systems, 3M, a CPFL Energia, o Banco do Brasil e o Governo Federal do Brasil. São apoiadores do Desafio Unicamp a IVP, a Unicamp Ventures, a Georgia Institute of Technology, o Núcleo de Empresas Juniores da Unicamp, a University of Florida, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a DikaJob, a Liga Empreendedora, o Wennovate Innovation Center, o CIESP Campinas, a Anjos do Brasil, a Associação Campinas Startups e a Prefeitura de Campinas.

Números desta edição

No total, são 70 equipes e 296 participantes no Desafio Unicamp 2015 – dos quais 142 são alunos da graduação e pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com destaque para a participação de 77 alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Na edição de 2014, participaram do Desafio Unicamp 28 equipes e 121 participantes. Já o Desafio Unicamp 2013 teve 46 equipes e 196 participantes, enquanto o Desafio Unicamp 2012 contou com a participação de 195 pessoas, em 50 equipes. Participaram da primeira edição do Desafio Unicamp, que aconteceu em 2011, 147 pessoas, distribuídas em 37 equipes.

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