Plenária debate estratégias de localização de parques

Estratégias de localização de parques científicos e tecnológicos, áreas de inovação e as cidades. Esse foi o tema central das discussões da plenária que a iniciou a programação do terceiro dia do XXIII Seminário Nacional da Anprotec e da 30ª Conferência Mundial da IASP. Além da moderação, realizada por Jane Davies (foto), presidente do Conselho Consultivo da IASP, houve a participação de seis relatores e dois debatedores na atividade.

Na tarde de ontem (15/10), os relatores conduziram as sessões paralelas do evento, onde foram apresentados artigos produzidos por convidados sobre estratégias de localização. Assim, durante a plenária, os relatores destacaram os principais pontos observados nas apresentações dos trabalhos, enquanto os debatedores complementaram a discussão, seguindo o modelo “Knowledge Camp”, prosposto pela IASP.

O relator Herbert Chen (foto), vice-presidente sênior do TusPark, da China, ressaltou, entre as temáticas apresentadas nos trabalhos da sessão paralela 2, a importância e o impacto das relações entre parques científicos e tecnológicos e as cidades. “Os parques incentivam os setores tradicionais da economia, a comunidade, os empregos, e a infraesturuta. Por isso, é necessário fazer uma avaliação das circunstâncias da cidade onde o parque será instalado e quais devem ser os modos de operação específicos”, afirmou. José Eduardo Fiates, diretor executivo do Sapiens Parque, de Florianópolis (SC), seguiu a mesma linha de Chen ao comentar o workshop 1 e acrescentou que “o gestor do parque precisa ter uma visão estratégica de onde quer atuar e, então, se sentir confortável para exercer suas atividades no local.”

Malcolm Parry (foto), diretor administrativo do Surrey Research Park, do Reino Unido, relatou o que foi discutido na sessão paralela 1, dando ênfase a soluções de transporte e conceitos de energia. Para Parry, os parques devem estar integrados às universidades e auxiliar na pesquisa de países em desenvolvimento, como o Brasil. “A prosperidade de parques e incubadoras ajuda os países menores a terem um ecossistema. Ajudam a economia e a universidade, onde é o melhor local para um parque estar localizado”, concluiu.

A brasileira Maria Alice Lahorgue, diretora geral do Instituto Christiano Becker, trouxe para a plenária os exemplos do Parque Tecnológico UFRJ, do Porto Digital e da consolidação dos parques da Unicamp e de São José dos Campos, apresentados na sessão técnica paralela 2. Maria Alice destacou que “a estrutura industrial e a forte presença da pesquisa e da mão de obra capacitada nas regiões propiciou a escolha da localização e a implantação desses parques tecnológicos. Como as regiões são diferenciadas, a estratégia de localização nunca será a mesma, ela deve ser revista e reinventada o tempo todo”.

Também participaram da plenária a gerente do Sebrae de Pernambuco, Roberta Correa, o diretor executivo do Parque Tecnológico UFRJ, Maurício Guedes, o CEO do Buffalo Niagara Medical Campus, Patrick Whalen, e o coordenador científico do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP, Guilherme Ary Plonski.

*Fotos: Cristiana Dias/Divulgação