Análise de combustível vence Desafio Intel

 

São Paulo – Grupo de estudantes da Universidade de Campinas (Unicamp) vence etapa brasileira do Desafio Intel e ganha um mês de intercâmbio no Vale do Silício. A startup Gloriosos desenvolveu um sistema para analise de fluidos e gases capaz de fazer o controle de qualidade de combustíveis e reduzir o consumo de automóveis.

A empresa foi criada em maio de 2012, quando seus fundadores participaram do Desafio Unicamp. A iniciativa da universidade pretende acelerar a transformação de pesquisas de docentes em produtos para a sociedade. “Montamos uma equipe e escolhemos uma patente do Instituto de Física para quantificar combustível adulterado”, disse a INFO Thierry Marcondes, co-fundador da Gloriosos e aluno do curso de engenharia mecânica.

Em termos técnicos, Marcondes e seus três sócios estão desenvolvendo um sistema óptico-elétrico-mecânico para quantificação de fluidos. Na prática, criaram um sensor que pode ser usado tanto para a detecção de combustível adulterado como para otimizar o desempenho do motor, reduzindo as emissões de gases causadores do efeito estufa e economizando combustível. “O sistema ajudar o computador de bordo e os motores a regular tempo e taxa de injeção”, diz Marcondes. Ao lado dele, Wellington de Souza Filho, da engenharia elétrica, Welder Ribeiro, físico, e William Humberto de Souza, que cursa gestão de agronegócios, completam o time de fundadores.

A Gloriosos foi a vencedora entre dez startups selecionadas para a final do Desafio Intel, realizada entre 27 e 28 de maio em São Paulo. A empresa passará um mês no Vale do Silício participando do programa de aceleração YouNoodle Camp, frequentando cursos, visitando empresas e trocando experiências com empreendedores. A Gloriosos também concorre a uma vaga para representar a América Latina no Intel Global Challenge 2013, realizado nos Estados Unidos, onde competirá por prêmios de até 100 mil dólares. “A viagem para o Vale do Silício sempre foi um sonho”, diz Marcondes.

Por enquanto, a Gloriosos não possui investidores. O dinheiro utilizado para a criação da tecnologia veio do prêmio ganho como vencedora do Desafio Unicamp 2012, de familiares e das economias dos quatro fundadores. O grupo também tem apoio do programa Inova Descobre e, com a expansão dos negócios, planeja mudar de nome para LuxSensor (www.luxsensor.com).

Leia a reportagem Inflado?, sobre as startups brasileiras que precisam mostrar resultados para receber novas rodadas de investimentos.