Texto: Vanessa Sensato

Imagem: Antonio Scarpinetti, Assessoria de Comunicação da Unicamp

Nesta sexta-feira (14) reuniu-se na sala de reuniões do gabinete do reitor o Conselho Superior da Inova Unicamp com a finalidade de acompanhar os resultados da Universidade no setor da inovação e de dar recomendações e pareceres, bem como participar do direcionamento estratégico da Universidade nesta área.

A ampliação do ensino de temas relacionados à inovação, como a propriedade intelectual (PI) e o ensino do empreendedorismo, junto a alunos da graduação e da pós-graduação, foi um dos temas debatidos na reunião. Os conselheiros também foram unânimes sobre a necessidade de serem ampliadas ações no sentido de incentivar projetos colaborativos e multidisciplinares entre as diversas unidades da própria Unicamp como atividade voltada a incentivar a cultura da PI em unidades onde a cultura é menos difundida.

O professor Roberto Lotufo, diretor executivo da Inova apresentou dados referentes aos resultados dos últimos quatro anos da Agência. Entre os destaques do período, Lotufo apontou o recordes em números de comunicação de invenção, em números de pedidos de patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e também a evolução no número de contratos de licenciamento de tecnologias assinados, que podem ser acompanhados pelo relatório de atividades da Agência, disponível no site.

Patricia Magalhães de Toledo, diretora de PI e de transferência de tecnologias da Inova, também participou detalhando para os conselheiros o funcionamento das áreas de PI e transferência de tecnologias. Segundo a diretora, 98% das patentes da Universidade são redigidas internamente pela equipe da Inova. Ela explica que a patente é de propriedade da universidade, que arca com todos os custos do pedido de patente e de manutenção, mas os recursos advindos da comercialização das patentes são divididos em três partes entre inventores, unidade do docente e reitoria. Patricia esclareceu que as despesas com taxas para manutenção e solicitação de patentes da Unicamp corresponde a cerca de R$ 120 mil por ano.

Depois da apresentação, os conselheiros externos comentaram os números e fizeram sugestões de novos indicadores. Entre as questões mais polêmicas debatidas na reunião, estão as referentes à confidencialidade nos contratos de pesquisa colaborativa universidade-empresa, bem como a necessidade de se agilizar a tramitação dos contratos de parceria dentro da Universidade.

Fazem parte do Conselho Superior, o reitor Fernando Costa, que é presidente, quatro conselheiros externos e a câmara de acompanhamento da Inova, formada por quatro professores da Unicamp. Entre os membros externos do Conselho, estavam presentes: Carlos Eduardo Calmanovici, presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI), Cesar Gon, sócio proprietário da empresa Ci&T e Hernan Chaimovich, coordenador dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP. Jorge Audy, Pró-Reitor da PUC-RS justificou sua ausência.

Entre os membros da Câmara de acompanhamento da Inova, participaram da reunião: Rubens Maciel Filho, representante da área de Ciências da Engenharia, Lauro Tatsuo Kubota, representante da área de Ciências Exatas e Leila da Costa Ferreira, representante da área de Ciências Humanas. Lício Velloso justificou sua ausência.

As quatro pró-reitorias também enviaram representantes para participar da reunião: Gilberto Alexandre Sobrinho representou a Pró-Reitoria de Graduação, Miguel Juan Bacic, a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, Rosana Baeninger, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Ronaldo Aloise Pilli, a Pró-Reitoria de Pesquisa.

Esta é a primeira reunião de conselho com esta constituição. Segundo Lotufo, uma novidade, já bem estabelecida em universidades do exterior e incluída nesta nova composição do Conselho, é a inclusão de um ex-aluno empreendedor como membro. No caso, Cesar Gon, que é formado em Engenharia da Computação pela Unicamp e também possui mestrado em Ciências da Computação pela Universidade.