Unicamp participa da 20ª Conferência ANPEI de Inovação 

Foto colorida de palco da Conferência ANPEI de Inovação 2024 onde estão duas mulheres e um homem sentados, com fones de ouvido e microfones. A professora Ana Frattini que está ao centro, dirige uma pergunta à representante da IBM, que está a sua direita. Ao fundo há um painel luminoso verde com escritos em letras em cor branca. Fim da descrição.
Comitiva da Inova Unicamp marcou presença no evento dedicado à pesquisa, desenvolvimento de projetos e inovação que reuniu mais de 2 mil pessoas em São Paulo.

Texto: Ana Paula Palazi – Inova Unicamp | Foto: Letícia Moreira de Oliveira – Inova Unicamp

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por meio de sua Agência de Inovação Inova Unicamp, participou e apoiou a 20ª Conferência ANPEI de Inovação, realizada nos dias 21 e 22 de agosto de 2024, em São Paulo (SP). O evento, que celebrou os 40 anos da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI), reuniu cerca de 2 mil participantes, incluindo representantes de empresas, entidades governamentais, instituições de fomento, investidores e especialistas de diversas áreas.

Dedicada à pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil, a Conferência abordou temas como a reindustrialização do país, a sustentabilidade ambiental como motor econômico, energias limpas e o futuro da pesquisa e inovação. Nesse contexto, no dia 21 de agosto, a pró-reitora de Pesquisa da Unicamp, professora Ana Frattini, mediou o painel “A Formação Científica e Tecnológica para as Profissões e o Mercado: A Realidade de um Futuro que Já Chegou”. O painel contou com a participação do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor Ricardo Galvão, e da diretora do Think Lab Brasil na IBM Research, Raquel Chebabi.

Durante sua intervenção, Frattini, que liderou a Inova Unicamp até abril deste ano, sublinhou a necessidade de um maior alinhamento entre academia e indústria. “Se queremos um país financeiramente autônomo, devemos investir em inovações que construam pontes entre a academia e as empresas, pois são as empresas que colocam a inovação no mercado, não a academia”, enfatizou. Complementando a discussão, Ricardo Galvão reforçou a visão de que “a academia precisa formar doutores que sejam empreendedores”, destacando a importância de preparar os futuros cientistas para atuarem além do ambiente acadêmico e contribuírem diretamente para a inovação no mercado. “O CNPq está preocupado com a neoindustrialização, buscando estimular o pesquisador empreendedor”, afirmou Galvão.

Raquel Chebabi abordou como as demandas atuais estão moldando o trabalho na IBM, ressaltando a importância da interação humano-computador e do design centrado na vida como pilares fundamentais nas pesquisas da empresa. “Temos projetos específicos focados em identificar, eliminar e tratar vieses, garantindo que nossas soluções sejam justas e inclusivas”, afirmou Chebabi.

No segundo dia da Conferência, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou da abertura oficial. Em seu discurso, a ministra destacou: “Não há como pensar em desenvolvimento sem falar de ciência, tecnologia e inovação, especialmente no contexto de um desenvolvimento justo e sustentável. Espaços como este são fundamentais para planejarmos o futuro que queremos”, disse, referindo-se às trocas de conhecimentos fomentadas pelos ecossistemas de inovação.

A cerimônia contou ainda com a presença de figuras-chave como Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Celso Pansera, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP); Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional; e Daniel Moczydlower, presidente do Conselho de Administração da ANPEI e presidente da Embraer X.

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