9 de fevereiro de 2024 EPTV | Unicamp lidera pedidos de patentes de invenção no estado de São Paulo em 2023
Texto: Jonatan Morel, EPTV e g1 Campinas e Região
No país, universidade ocupa terceiro lugar no ranking. Ao todo, agência de inovação da instituição de ensino oficializou 40 intenções de patente no ano passado.
A Unicamp liderou o ranking de pedidos de patentes de invenção feitos por universidades no estado de São Paulo em 2023, segundo levantamento feito pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). No país, a instituição de ensino ocupa o terceiro lugar.
🏅 Entre todos os depositantes nacionais, a Unicamp ocupa a sétima posição em pedidos de patentes de invenção, segundo o instituto.
O que é uma patente? 🔍
Diretor-executivo associado da Inova Unicamp, Renato Lopes explica que o processo de obtenção de patente é uma garantia de que a invenção registrada pertence ao respectivo inventor, fazendo com que seja necessário um licenciamento para uso.
“Uma patente é uma garantia de que aquela invenção, aquela ideia, é sua, e qualquer pessoa que queira usar essa invenção tem que passar por algum processo de licenciamento, que é uma negociação com o detentor da patente”, detalha.
Ideias e soluções 💡
Foi por meio de uma patente que o empresário Alex Chaves de Souza e o pesquisador Stanislav Moshkalev se uniram para disponibilizar ao mercado uma fórmula a base de grafite que dissipa o calor rapidamente ao ser colada em um sistema eletrônico.
“Aqui a gente acrescenta polímeros, vários tipos de polímeros, para criar um material mecanicamente mais interessante. Ele fica mais flexível, mais maleável, e quando você aperta esse material, entra em contato perfeito com superfícies metálicas”, explica Moshkalev.
Para Alex, as diversas possibilidades de uso da invenção foram um fator importante na decisão de patentear a fórmula. “Uma série de aplicações, por exemplo baterias para veículos elétricos, infraestrutura 5G, telefonia celular, laptops”.
Inovação no campo 👩🌾
No campo, as inovações têm grandes chances de se tornarem populares entre agricultores familiares, por exemplo, e também dependem de patentes para que anos de pesquisa não sejam perdidos por conta de concorrência desleal.
O biólogo Eduardo Galembeck trabalhou duro para criar um sensor barato e resistente que fica debaixo da terra medindo a umidade do solo. A Embrapa de Jaguariúna (SP) emprestou um sítio experimental que serviu de laboratório e teste prático para o sensor.
“Reduzi a quantidade de água usada na irrigação, monitorando se a planta precisa de água e você pode acionar o sistema de irrigação. Se o solo está saturado e com bastante água, você não precisa usar o sistema de irrigação”, conta o biólogo.
A medição de umidade do solo já existia, mas sempre foi uma tecnologia cara para pequenos produtos. Agora, a história pode mudar, já que o produto inventado por Galembeck pode ser adquirido por cerca de R$ 25.
“É acessível e muito barato perto dos concorrentes que têm uma qualidade equivalente e uma durabilidade equivalente, porque tem sensores mais baratos que duram uma semana e não servem para a agricultura”, garante.
Matéria originalmente publicada em g1 Campinas e Região