IPNews | Unicamp começa a testar robô da ABB para colheita

Mulher negra mexe em braço robótico. Fim da descrição.
O projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que conecta universidade e mercado foi negociado com apoio da Agência de Inovação Inova Unicamp

A ABB Robótica, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Bio Plugs estão desenvolvendo uma aplicação robótica para o agronegócio do Brasil. O projeto consiste no uso de uma solução com o robô colaborativo GoFa, da ABB, equipado com um sistema de visão 3D, para o plantio de mudas de plantas. 

A expectativa é que o projeto piloto fique pronto no final de março de 2024. A partir dos resultados, será avaliada a possibilidade de a solução ser aplicada em grande escala, contribuindo para o setor de agronegócio brasileiro superar o desafio de suprir a demanda global por produtos com uma mão de obra cada vez mais escassa. 

A ideia é suprir mão de obra para trabalhar no campo sem deixar de permitir que o robô trabalhe ao lado de pessoas com toda a segurança para evitar acidentes. Com o novo investimento em tecnologia, a Bio Plugs, empresa de Atibaia (SP) que produz mudas de flores e plantas ornamentais para todo o Brasil, espera ganhar ainda mais produtividade e escala para acompanhar o crescimento do mercado. 

A Bio Plugs e a Unicamp já trabalhavam em parceria no desenvolvimento de soluções para automatizar processos, como sistema de ventilação nas estufas, que hoje são controlados por software desde o enraizamento da muda para posterior envio ao produtor. Agora, a expectativa é que o uso de robôs permita a automatização de todo o processo, com produção ocorrendo 24/7. 

Equipe multidisciplinar 

Neste projeto inovador, pioneiro no Brasil, a equipe que trabalha no projeto é formada por professores, pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação do curso de Engenharia Agrícola da Unicamp, sob orientação de Daniel Albiero, Professor de Projetos de Máquinas e Robótica na Agricultura da Feagri-Unicamp. 

Segundo o professor, um dos destaques tecnológicos do projeto é o desenvolvimento de um novo sistema de visão 3D com o GoFa, que permitirá ao robô identificar itens que serão manipulados além de realizar diagnósticos fitotécnicos de uma forma que seja facilmente programável. “Um dos desafios agora é validarmos o quanto antes o projeto piloto”, completa Daniel. 

Os cobots da ABB foram projetados para que os clientes não precisem depender de especialistas em programação próprios. A operação do robô colaborativo pode ser feita poucos minutos após a instalação, de maneira intuitiva, direto da caixa, sem nenhum treinamento especializado. Isso torna mais atrativa a adoção da tecnologia, principalmente, por indústrias com baixos níveis de automação. 

 

Matéria original publicada em IPNEWS.

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