12 de maio de 2022 Tudo Inovação | Agência de Inovação da Unicamp investe em empreendedorismo tecnológico
A Inova fomenta programas de pesquisa e já soma mais de mil empresas criadas por ex-alunos da Universidade
Reprodução Tudo Inovação | ACidade ON | Foto: Pedro Amatuzzi – Inova Unicamp
Um dos principais polos de inovação do Brasil, Campinas atrai empreendedores com vocação à ciência e a tecnologia. O grande número de universidades e centros de pesquisa na região são os grandes responsáveis por essa realidade. Neste sentido, a Inova – Agência de Inovação da Unicamp – é autoridade no assunto. Já são 1.131 empresas “Filhas da Inova”, mais de 30 mil vagas de empregos gerados por estas empresas e mais de R$ 16 milhões somados os faturamentos.
A diretora de relações institucionais da Inova, Vanessa Sensato, explica que a Agência surgiu com objetivo de criar uma rede de integração entre as áreas de pesquisa, por meio de transferência de tecnologia, e de empreendedorismo, em uma parceria com empresas de inovação.
“A ideia é que a Inova seja porta de entrada para empresas de inovação. Se a pessoa tem um projeto de negócio, que tenha base na ciência e tecnologia, a gente pode atender tanto em uma pré-incubação, em uma incubação ou então hospedar essa empresa dentro do parque científico e tecnológico da Unicamp”.
ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO
Segundo especialistas do setor, para que exista um ambiente inovador e que possa gerar novos negócios é necessário um ecossistema forte de inovação, capaz de englobar diversos atores dentro e fora da universidade, como centros de pesquisa, incubadoras, aceleradoras e, claro, os investidores. Campinas se destaca por ter um dos ecossistemas mais fortes do país.
“Dificilmente você vai encontrar uma região no Brasil que tenha tantos centros de pesquisa como Campinas. Isso acontece porque temos muitos dos atores que precisam realmente existir para fazer a inovação acontecer”, disse Vanessa.
ATUAÇÃO
Criada em 2003, a Inova apresenta uma forte rede de relacionamentos da Unicamp com a sociedade para identificar oportunidades por meio de programas voltados à cultura do empreendedorismo, tanto para os estudantes da Unicamp como também fora da universidade. Entre eles está o Inova Jovem, que oferta cursos de capacitação para alunos do Ensino Médio.
Mas são diversos programas que incluem formação, premiação, vivência empreendedora, apoio à propriedade intelectual e à conexão entre pesquisa e mercado. Ainda segundo Vanessa, a atuação da Inova é bastante intenso.
“A Inova tem um calendário bem pesado de atuação, com uma forte agenda de treinamento e capacitação para as pessoas que querem empreender, mas que ainda precisam desenvolver suas capacidades para se tornarem bons empreendedores”, explicou.
DESAFIO UNICAMP
Entre os programas realizados, o Desafio Unicamp reúne todos os anos empreendedores de todo o Brasil e seleciona os projetos para fomentá-los com todo o suporte para que se desenvolvam como um negócio. Em 2022, os três jovens biotecnólogos, Tiago Lopes, Thiago Félix e Caio Rosa, formados pela Universidade Federal de Alfenas, foram finalistas do concurso com um projeto na área de agrotecnologia, voltado para análise de qualidade de sementes, com foco nas características de vigor, umidade e capacidade de germinação.
Trata-se da criação de uma máquina capaz de analisar sementes de grãos, tornando o processo mais rápido, barato e confiável.
“É um módulo que a gente irradia a semente com o laser, capta as imagens por um sistema de câmeras, e essas imagens em vídeo ou frames de fotos sequenciais são trabalhadas em um software. O objetivo é analisar as partes fisiológicas sem ter um manejo muito agressivo da semente, e com isso obter respostas cada vez mais confiáveis”, explica Tiago Lopes.
Segundo Thiago Félix, a ideia é usar a inteligência artificial para obter resultados mais efetivos.
“A gente vai entrar neste mercado para trazer uma tecnologia mais eficiente para este trabalho que hoje é, tradicionalmente, realizado por analistas, dentro dos laboratórios das empresas”.
Sobre a importância da Inova para o projeto, Caio Rosa conta que está sendo fundamental para sua concretização.
“Por sermos finalistas, tivemos muitas outras oportunidades que se abriram. Ganhamos cursos de pré-aceleração, mentorias e fizemos muitos contatos importantes com hubs de inovação na área do agronegócio”.
Acesse aqui a matéria original publicada no site ACidade ON.