16 de maio de 2022 ACidadeON | Unicamp desenvolve clareador dental feito de cogumelo
Pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), desenvolveram um clareador dental a base do cogumelo shimeji.
Texto: Reprodução ACidadeON Campinas | Foto: Pedro Amatuzzi/Inova Unicamp
A tecnologia promete ser uma alternativa natural aos clareadores com produtos químicos, que causam efeitos adversos na gengiva e no esmalte dos dentes, além de agregar valor à cadeia produtiva do cogumelo.
O resultado foi obtido de um estudo envolvendo pesquisadores da Unifesp e de três faculdades da Unicamp, sendo elas Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Faculdade de Engenharia de Alimentos e Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
O uso do Shimeji como matéria-prima deve reduzir ainda a emissão de resíduos ao meio ambiente, já que a parte usada na produção do clareador, na ponta do cogumelo, anteriormente descartada, passa a ser usada na produção do clareador.
“Podemos dispor de grande quantidade de matéria-prima de baixo custo sem precisar aumentar a produção de cogumelos, e apoiando os pequenos produtores, que se beneficiariam da agregação de valor a um resíduo”, avalia o pesquisador Juliano Bicas, da Unicamp.
O a propriedade intelectual do produto foi patenteada pela Webbe Startups, uma spin-off acadêmica da Unicamp que tem como investimento o resultado das pesquisas feitas pela Unicamp.
MERCADO AQUECIDO
Segundo os pesquisadores, o clareamento dental é um dos procedimentos mais utilizados nos consultórios odontológicos. A procura por produtos de origem natural tem se intensificado nos últimos anos.
O diferencial da tecnologia da Unicamp está na forma natural de clareamento, que tem potencial para retirar manchas dos dentes evitando reações adversas como irritação na gengiva e na mucosa oral ou sensibilidade temporária dos dentes.
A invenção também é mais barata, já que não exige substâncias isoladas, que requerem processos de produção mais complexos e caros. O extrato é obtido do chapéu ou do talo do Shimeji, com um mínimo de tratamento, sendo considerada uma tecnologia “verde”.
Texto publicado originalmente no Portal ACidadeON Campinas.