Correio Popular | Unicamp desenvolve suco de laranja ‘magro’

A foto mostra uma jarra de vidro com suco de laranja, vista por cima, ao lado de fatias de laranja cortadas. O fundo da foto é escuro.

Bebida com baixo teor calórico foi desenvolvida por pesquisadores a partir de nanopartículas magnéticas

O Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um suco de laranja com baixo teor calórico a partir de nanomaterial – são materiais que possuem graus estruturais na ordem de 10-9m ou um nanômetro, que é igual a um milionésimo de milímetro, variando em tamanho, composição química, forma e superfície. A tecnologia desenvolvida em laboratório reduz o açúcar em sucos naturais processados, a partir da separação da sacarose por meio de nanopartículas magnéticas.

A novidade pode auxiliar no combate à obesidade e diabetes, além de ser uma alternativa mais saudável para o consumo de laranja, ao oferecer um valor calórico reduzido, traduzindo-se em uma vantagem competitiva para a indústria.

A professora e pesquisadora do IQ da Unicamp, Ljubica Tasic, explicou que a equipe de pesquisadoras desenvolveu, em laboratório, um modo de extrair a sacarose, sem deixar vestígios ou interferir na composição e nas propriedades do suco, como se fosse uma “pesca”, feita por um imã. “O suco de laranja tem a frutose, a glicose, a sacarose, além de várias fibras, água, vitamina C e outros compostos. As pesquisadoras conseguiram remover a sacarose”, relatou. “O estudo demonstrou que é possível suprimir a sacarose ao gosto até a total remoção. Porém, o suco mantém um gosto bem agradável com remoção de 60% a 80% de sacarose”, complementou.

O projeto foi desenvolvido durante o curso de mestrado da pesquisadora Stephanie Fernanda Fulaz Silva e de um projeto de pesquisa de iniciação científica no decorrer do curso de graduação de Química da pesquisadora Carolina Nikoluk Scachetti, entre 2017 e 2019, no Laboratório de Química Biológica do IQ da Unicamp.

Na sequência, a estratégia de proteção foi realizada mediante pedido de patente depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) pela Agência de Inovação (Inova Unicamp).

Leia a reportagem completa no site do jornal Correio Popular.

 

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