22 de janeiro de 2021 Prêmio de Inovação Fleury tem três projetos da Unicamp entre os vencedores
Texto via FAPESP
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Três projetos da Unicamp foram vencedores da 6ª edição do Prêmio de Inovação do Grupo Fleury. O concurso reconhece projetos inovadores na área da saúde e, nesta edição, premiou ideias para a superação da pandemia do novo coronavírus, tanto no combate e prevenção da COVID-19 como na necessidade de adaptação do cotidiano. Os vencedores foram premiados em três categorias e o resultado foi divulgado no início de dezembro em uma cerimônia realizada on-line. Cada projeto foi apresentado no formato de vídeo.
O projeto “CoronaYeast: um modelo de diagnóstico barato e sensível para o SARS-CoV-2 baseado em levedura”, desenvolvido pelo Laboratório de Genômica e Bioenergia (LGE) da Unicamp, em parceria com a empresa-filha da Universidade, BIOinFOOD, com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), foi o primeiro colocado na categoria “Detecção e Diagnóstico”. Já o primeiro colocado na categoria “Tratamento e Prevenção” foi o projeto “Recobrimento antiviral para a funcionalização de superfícies de equipamentos de proteção individual”, do Laboratório de Engenharia e Química de Produtos (LEQUIP). A Força-Tarefa Unicamp contra a COVID-19 ficou em segundo lugar na categoria “Adaptação à Pandemia”.
O projeto desenvolvido pelo LEQUIP da Unicamp consiste na criação do SprayCov, um líquido em spray capaz de eliminar o coronavírus de superfícies como os equipamentos de proteção individual (EPIs) utilizados por profissionais de saúde e também as máscaras de algodão. A ideia é que ele sirva como uma proteção extra ao bloqueio físico do vírus, formando uma barreira ativa que destrói o SARS-CoV-2, o que amplia a segurança e a durabilidade dos EPIs. Nos testes realizados pelo laboratório, o produto manteve a eficácia por três dias, impedindo a replicação do vírus.
Já o CoronaYeast é um protótipo de teste para detecção do coronavírus que utiliza um tipo de levedura que muda de cor quando entra em contato com o SARS-CoV-2 encontrado em amostras de saliva, por exemplo. Isso ocorre graças a um biossensor incluído nas células da levedura. O projeto é desenvolvido pelo pós-doutorando Fellipe Bezerra de Mello e pela mestranda Carla Maneira da Silva, pesquisadores ligados ao LGE, em parceria com a empresa-filha da Unicamp BIOinFOOD. A equipe conta também com financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
O projeto do CoronaYeast segue em andamento, mas a patente para a tecnologia já foi solicitada. A expectativa é que no primeiro semestre deste ano os estudos apontem a eficácia da técnica desenvolvida.