Curso de capacitação do programa PIPE é ministrado a agentes de inovação

Profissionais da Unicamp e de outras instituições de pesquisa participaram do evento

Foto e Texto por Thais Oliveira

Ontem, (22/05), ocorreu na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Curso de Capacitação para Agentes de Inovação, ministrado pelos coordenadores adjuntos de pesquisa para a inovação da FAPESP, Professor Américo Martins Craveiro e Professor Douglas Zampieri. O objetivo da iniciativa foi auxiliar instituições de ensino e empresas de base tecnológica a submeterem projetos no programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

Estiveram presentes membros de instituições públicas e privadas que, após o curso, poderão atuar como mentores junto a startups e empresas. A participação de colaboradores da Agência de Inovação Inova Unicamp nesse curso foi essencial, já que muitos profissionais têm contato com startups oriundas da Incubadora de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) e com as empresas-filhas da Unicamp, que são aquelas criadas por alunos, ex-alunos e ex-funcionários da Universidade.

“O PIPE tem alavancado a criação e o fomento de empresas inovadoras no Estado de São Paulo de uma forma contundente. Muitas delas têm relacionamento com a Universidade – são empresas spin-offs ou possuem licenciamento de tecnologia. Neste sentido, nós, da Agência de Inovação Inova Unicamp, pensamos em oferecer o curso aqui na Universidade de maneira a ajudar às pessoas a submeterem melhores projetos. É um esforço para preparar a comunidade afim de participar de projetos financiados pela FAPESP por meio do programa PIPE”, relata Newton Frateschi, diretor-executivo da Inova Unicamp.

Pela manhã, os participantes assistiram a palestras sobre conteúdos básicos relacionados ao ecossistema de startups, além de conhecerem os mecanismos de fomento e de apoio à pesquisa para a inovação existentes no Estado de São Paulo. De acordo com o professor Américo Martins Craveiro, o Estado de São Paulo é o que mais possui investimento em pesquisas de empresas privadas no Brasil, enquanto a maioria dos estados depende de investimentos públicos federais.

Durante a palestra, foi relatado pelos coordenadores adjuntos da FAPESP que o Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo de forma generalizada, porém quando se fala sobre empreendimentos na área de tecnologia, o nível é baixo. Para Craveiro, o programa se mostra como uma alternativa para mudar esse panorama: “O PIPE é para quem quer empreender. Empreender significa ter sonhos, correr riscos. O programa PIPE Fapesp é para criar valor, gerar emprego”, avalia Craveiro. Dentre as dicas expostas no evento, Zampieri citou que o programa auxilia na validação de startups a partir de pesquisas e que, por este motivo, os empreendedores não podem ter medo de errar: “Quanto mais paternalismo em cima de uma startup, menos chance dela dar certo”, completa.

À tarde, os participantes foram divididos em grupos afim de criarem projetos candidatos ao PIPE. Um membro de cada grupo apresentou uma proposta, e depois os grupos aprenderam a usar a plataforma SAGE, local de submissão dos projetos, como parte da conclusão do treinamento.

Sobre o PIPE

O PIPE-FAPESP apoia a execução de pesquisa científica e/ou tecnológica em micro, pequenas e médias empresas no Estado de São Paulo.

De acordo com informações divulgadas pela Fapesp, os objetivos se baseiam em:

  • Apoio à pesquisa em ciência e tecnologia como instrumento para promover a inovação tecnológica, promover o desenvolvimento empresarial e aumentar a competitividade das pequenas empresas.
  • Incrementar a contribuição da pesquisa para o desenvolvimento econômico e social.
  • Induzir o aumento do investimento privado em pesquisa tecnológica.
  • Possibilitar que as empresas se associem a pesquisadores do ambiente acadêmico em projetos de pesquisa visando à inovação tecnológica.
  • Contribuir para a formação e o desenvolvimento de núcleos de desenvolvimento tecnológico nas empresas e para o emprego de pesquisadores no mercado.

 

 

 

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