PIPE tem novo recorde de empresas contratadas

O Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) bateu o quarto recorde consecutivo em número de projetos e em valores contratados. Em 2017, foram contratadas 237 novas propostas submetidas por startups, pequenas e médias empresas, em um valor total de R$ 79,8 milhões.

Entre os projetos aprovados, 116 pleitearam apoio para a Fase 1 do PIPE, de demonstração/validação de uma ideia inovadora, com contrato de financiamento por um período de até nove meses. Outros 56, tendo concluído com sucesso a Fase 1, tiveram aprovados recursos para a Fase 2 (Fase 2 Indireta – 2I na nomenclatura da FAPESP), de desenvolvimento do projeto de pesquisa propriamente dito. Adicionalmente, 21 empresas que validaram ideias com recursos próprios obtiveram financiamento diretamente para a Fase 2 – ou Fase 2 Direta (2D). Em ambos os casos, o contrato com a FAPESP prevê um período de pesquisa de até dois anos.

A FAPESP também apoia iniciativas de desenvolvimento industrial e comercial de produtos inovadores – conhecida como Fase 3 – por meio de um acordo com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) no âmbito do Programa PIPE-PAPPE Subvenção. Em 2017, 44 empresas obtiveram financiamento por até dois anos para preparar a inovação para o mercado.

O programa PIPE prevê que as empresas apoiadas pelo programa possam também pleitear bolsas para os coordenadores dos projetos e para contratar profissionais que darão suporte à pesquisa. Em 2017, foram outorgadas 387 bolsas para projetos aprovados nas diversas fases do programa, resultado igualmente recorde em relação a anos anteriores.

Uma novidade em 2017 foi o fato de a FAPESP ter lançado, pela primeira vez, um edital para seleção de projetos em Fases 1 e 2 em parceria. A chamada PIPE-Pitch Gov teve como contraparte a Secretaria de Governo do Estado de São Paulo e o objetivo foi selecionar projetos que propusessem soluções inovadoras para questões de relevância pública na área de Saúde. As propostas estão em análise e os resultados deverão ser divulgados possivelmente no próximo mês de maio.

Crescimento consistente

Na evolução do número de projetos inovadores propostos e contratados pelo PIPE entre 2014 e 2017, destaca-se o crescimento dos projetos de Fase 3.

Esse aumento se explica não apenas pela procura de apoio, como também pelo crescimento no número de chamadas. Diferentemente das Fases 1 e 2, que selecionam projetos por meio de quatro editais anuais, as chamadas para a Fase 3 têm como base desafios específicos, propostos pela FAPESP e Finep às empresas.

Em 2017, por exemplo, foram quatro editais para a Fase 3, com temas ligados à saúde, manufatura avançada e agropecuária. Em 2016, foram dois editais, em 2015 quatro e, em 2014, apenas um.

Desembolsos x Contratação

Os valores dos projetos contratados a cada ano abrangem todo o período de execução das pesquisas, de 9 a 24 meses no caso dos projetos PIPE. Esses valores, portanto, não correspondem ao desembolso anual da FAPESP com o programa que também cresceu ao longo do período 2014 a 2017.

Em 2017, o desembolso da Fundação com o PIPE foi de R$ 71,9 milhões, incluindo bolsas. Esse resultado foi 20% superior ao desembolso da Fundação com o programa em 2016, 127% maior que o de 2015 e mais de 160% superior ao de 2014.

Demanda

No período analisado, 2014 a 2017, também cresceu a demanda por recursos do PIPE para projetos inovadores. Em 2014, 352 propostas foram habilitadas para a análise – desse total, 119 foram contratadas. Em 2017, o número de projetos habilitados saltou para 863, um aumento de 145%.

“A tendência do PIPE é continuar crescendo nos próximos anos, mas, para isso, é fundamental termos um crescimento na submissão de propostas de boa qualidade, pois, para a FAPESP, a qualidade dos projetos de pesquisa é essencial”, afirma Fábio Kon, membro da coordenação adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP.

Mais informações sobre o PIPE: www.fapesp.br/pipe.

FONTE: Agência Fapesp

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