8 de fevereiro de 2018 Startups interessadas em missão na Alemanha têm até 19 de fevereiro para se inscrever
Da Agência Brasil
O governo federal está com inscrições abertas até 19 de fevereiro para uma missão que levará 15 pequenas empresas de tecnologia – chamadas startups – à Alemanha, para participar de eventos e conhecer instituições e empresas envolvidas na área de inovação. A iniciativa ganhou o nome de StartOut Brasil e prevê quatro viagens como esta por ano. As inscrições devem ser feitas em inglês no site do programa www.startoutbrasil.com.br/cicl
O resultado final será divulgado no dia 16 de março. As startups selecionadas viajarão entre os dias 13 e 18 de maio de 2018 para participar da feira de tecnologia Cube Tech Fair, em Berlim, capital do país. O encontro reúne companhias de tecnologia de diversos países e investidores.
De acordo com os organizadores, as startups integrantes da missão irão conhecer instituições e empresas alemãs vinculadas à área de inovação, como aceleradoras e incubadoras. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), estão previstas na agenda também reuniões com empresas alemãs prestadoras de serviço.
Seleção
Na seleção, serão privilegiadas empresas com faturamento de mais de R$ 500 mil e que já tenham obtido algum tipo de financiamento. A equipe responsável pela escolha vai considerar também se as equipes estão integralmente dedicadas ao negócio, a fluência em inglês e o potencial de atuar internacionalmente.
As cinco primeiras colocadas terão os gastos com passagem aérea custeados pelo projeto. As demais terão de pagar para participar da viagem. As startups selecionadas vão fazer parte de um processo de preparação até a missão, com consultorias de especialistas em internacionalização no setor e no mercado alemão. De acordo com o MDIC, o processo de acompanhamento continua durante 18 meses após a viagem.
Internacionalização
Segundo o diretor de inovação e propriedade intelectual do MDIC, Igor Nazareth, o objetivo do StartOut Brasil é mudar a mentalidade das startups brasileiras que, geralmente, focam no mercado doméstico em vez de apostar em outros países, pois esse processo tende a ser mais arriscado e demanda recursos, capacitação e conexões.
“Queremos que elas já nasçam globais, propondo soluções também para o mercado externo. O programa irá conectar essas empresas com potenciais clientes, investidores e parceiros nos principais mercados de inovação do mundo. Muitas já têm tecnologia e capacidade para também operar fora do Brasil, mas falta experiência e conhecimento para entrar em novos mercados”, disse o diretor.
Segundo o relatório Startup Genome, estudo de referência sobre o tema, das empresas de São Paulo avaliadas apenas 9% visavam mercados estrangeiros importantes, como Estados Unidos e Reino Unido. O percentual fica abaixo da média mundial, em torno de 36%.