23 de novembro de 2017 Unicamp lidera ranking QS Brics entre as universidades brasileiras
Texto: Manuel Alves Filho
A Unicamp assumiu a liderança do ranking QS Brics 2017/2018 entre as universidades brasileiras, conforme relatório divulgado nesta quinta-feira (23) pela consultoria internacional Quacquarelli Symonds (QS), responsável pela avaliação. A relação considera 300 universidades do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, os chamados Brics, países com economias emergentes. A Unicamp aparece na 12ª classificação no ranking, seguida pela USP, que está em 13° lugar, empatada com a Saint Petersburg State University (Rússia). Na edição anterior, a Unicamp estava na mesma 12ª posição, mas a USP detinha o 10º posto.
O resultado do QS Brics foi recebido com satisfação pelo reitor Marcelo Knobel. “O resultado de mais um ranking consolida a posição da Unicamp no cenário da educação superior mundial, mostrando mais uma vez a força do sistema público de educação do estado de São Paulo, e a importância de a sociedade investir em universidades públicas de qualidade”, analisou o dirigente.
A atual edição do ranking é mais uma vez dominada pelas instituições de ensino superior chinesas, que respondem pelas quatro primeiras posições. Entre as top 10, a China tem sete universidades, o que demonstra a importância dos investimentos que o país tem feito em educação. A instituição não chinesa mais bem situada na relação é a Lomonosov Moscow State University, da Rússia, que aparece na quinta colocação.
Depois de Unicamp e USP, a universidade brasileira com maior destaque no ranking QS Brics é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que está na 31ª posição, seguida pela Unesp, na 34ª classificação. Segundo a relação, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) é a quinta melhor instituição do Brasil, ocupando o 42° posto.
O QS Brics leva em consideração oito indicadores para avaliar a qualidade das universidades, cada um com um peso específico. São analisadas a reputação acadêmica (30% da nota), reputação dos egressos no mercado de trabalho (20%), taxa de professor por aluno (20%), taxa do corpo docente com doutorado (10%), produtividade acadêmica (10%), citações por artigo (5%), parcela de professores estrangeiros (2,5%) e parcela de alunos estrangeiros (2,5%).
No ranking mundial divulgado este ano pela QS, a Unicamp avançou 46 posições. No relatório tornado público em junho, a Universidade ocupou a 182ª colocação, entre as 959 melhores do mundo.