18 de maio de 2017 Incamp promove discussão sobre planejamento estratégico para empresas incubadas
Texto e foto: Marina Nania
Para se estabelecer e alcançar o sucesso frente a um ambiente de negócios extremamente dinâmico, uma empresa precisa ter seus ideais claramente definidos e saber onde quer chegar. Para ajudar as empresas incubadas a se prepararem para esse cenário, a Incamp promoveu no último dia 12, sexta-feira, uma palestra sobre Planejamento Estratégico, ministrada pela consultora organizacional Angela Christofoletti.
O estabelecimento da estratégia de uma empresa, explica Angela, se baseia nas características do ambiente em que ela se insere. Nesse contexto, criou-se, nos anos 1990, o conceito do ambiente empresarial VUCA (do inglês: volatility, uncertainty, complexity e ambiguity – volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade). Por ser volátil, esse ambiente exige que os executivos tenham a capacidade de entender e responder rapidamente às mudanças. Por ser incerto, demanda que eles saibam avaliar cenários e identificar padrões para guiar suas tomadas de decisão. Por ser complexo, é preciso que se tenha a habilidade de fazer escolhas frente a inúmeras possibilidades estratégicas. A ambiguidade, por sua vez, exige a capacidade de manter o foco.
Angela conta que o planejamento de uma empresa pode ser dividido em três níveis: o nível estratégico explora as diretrizes gerais da empresa e seu propósito organizacional, enquanto o nível tático é voltado para cada área da empresa, e o nível operacional engloba os métodos utilizados para colocar em prática seus objetivos. O planejamento estratégico, explica, é “um modelo de decisão unificado, que determina o propósito organizacional, descreve as condições internas de resposta ao ambiente externo e busca formular estratégias e planos de ações para um negócio”.
O primeiro passo para a definição do planejamento de uma empresa é traçar seu propósito organizacional, ou seja, sua missão, visão e valores. “Missão é a razão da existência da empresa e sua filosofia de atuação, enquanto a visão é a projeção de como esperamos que ela se torne no futuro. Para defini-las, é importante ter clareza sobre os valores que guiam a empresa. Essa reflexão deve levar em conta, também, uma análise sobre as forças e fraquezas dos ambientes interno e externo à empresa”, esclarece Angela. Ela reforça, ainda, que o propósito organizacional precisa ser compartilhado e compreendido por todos os colaboradores da organização, não devendo ficar limitado às discussões da alta administração.
Definido propósito organizacional, a empresa deve, então, traçar seus objetivos estratégicos, que expressam os desafios que a empresa deverá atingir para ter sucesso no futuro. Para isso, Angela apresenta a ferramenta Balance Score Card (BSC), um modelo de gestão que auxilia as organizações a traduzir a estratégia em ações operacionais que direcionam seu comportamento e o desempenho, levando em conta quatro dimensões: cliente, financeiro, processos internos e aprendizado e crescimento.
Em seguida, pode-se desdobrar os objetivos estratégicos em metas, que são objetivos quantificados. Angela ressalta que, para ser executável, uma meta deve ser específica, mensurável, atingível, relevante e temporizável, o que é chamado de meta SMART (do inglês: specific, measurable, attainable, relevant e time-based). “Para que os colaboradores da empresa se sintam envolvidos ativamente com seus objetivos organizacionais, é essencial que todos conheçam suas metas e os indicadores utilizados para acompanhá-las”, conclui.
O evento é uma iniciativa da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), que tem como objetivo desenvolver empresas inovadoras de base tecnológica, capacitando-as gerencial e tecnologicamente. Interessados em incubar sua empresa na Unicamp podem acessar o edital de fluxo contínuo através do seguinte link: https://www.inova.unicamp.br/incamp/edital/.