Especialista aponta liderança situacional como solução para gestão de pessoas em pequenas empresas

 

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Texto e fotos: Marina Nania

 

Entre todas as tarefas envolvidas na administração de uma nova empresa, muitas vezes a gestão de pessoas acaba sendo negligenciada. No entanto, o gerenciamento de uma equipe pequena proporciona a oportunidade de se relacionar diretamente com cada funcionário, lidando com sua competência e maturidade e criando uma estratégia que estimule sua produtividade. Técnicas de liderança e feedback voltadas à gestão de pessoas em empresas com poucos funcionários foram o tema da palestra do consultor e professor Paulo Galvão, conselheiro Fiscal da FEBRAEC sócio-proprietário da Galileo Treinamentos, ministrada para as empresas incubadas na Incubadora de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp).

Como base para a relação entre líder e equipe, Galvão apresentou aos participantes o conceito de andragogia, ciência que estuda as melhores práticas para orientar adultos a aprender. Nesse contexto, ele explica, o professor adota o papel de facilitador, orientando a equipe por meio de atividades práticas. Assim, a liderança organizacional surge como uma alternativa que leva em conta o estágio de maturidade do liderado, proporcionando ao líder traçar uma estratégia de liderança mais eficaz.

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Inicialmente, a ferramenta envolve a identificação do estágio de maturidade docolaborador, que leva em conta sua habilidade técnica e sua confiança ou interesse em realizar uma determinada tarefa. Um funcionário com pouca habilidade e pouca confiança se encontra no nível M1; um com habilidade e confiança medianas, no M2; um com alta habilidade técnica, mas confiança mediana, no M3; enquanto um colaborador com alta habilidade e confiança se encontra no nível M4.

Uma vez determinado o nível de maturidade, o líder pode definir a melhor estratégia para se relacionar com esse funcionário. Para um funcionário M1, o líder deve determinar as atividades, tendo como foco a execução das tarefas. Um colaborador M2 requer persuasão, sendo orientado tanto na execução da tarefa quanto em seu relacionamento com o ambiente de trabalho. Para o M3, a melhor estratégia é que o líder compartilhe a participação nas decisões, envolvendo o funcionário a seu ambiente de trabalho, uma vez que ele já tem familiaridade com a parte prática da tarefa. Por fim, o colaborador M4 permite que o gestor delegue atividades, confiando mais em seu trabalho, uma vez que ele já tem maturidade na parte técnica e no relacionamento.

Galvão explica que a liderança estratégica é uma das ferramentas desenvolvidas como resultado da ascensão de um novo paradigma de gestão de empresas, que tem como foco as pessoas. “Nos dias de hoje, espera-se de um líder o respeito, a transparência na comunicação e o estímulo a um ambiente de trabalho agradável”, conclui. Durante o evento, que ocorreu no dia 10 de março no auditório da Incamp, foram organizadas dinâmicas de grupo para familiarizar os participantes com os conceitos de liderança e feedback.

Reportagem originalmente publicada no site da Incamp. Veja aqui.

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