Startups colaboram com o desenvolvimento da RMC

Reconhecida internacionalmente como o maior polo tecnológico da América Latina, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é responsável por 15% da produção de tecnologia do país, por 7,8% do PIB paulista e por 1,7% do PIB nacional, reforçando a expressão “Vale do Silício brasileiro” e atraindo, cada vez mais, a instalação de novas empresas e startups.

Com o intuito de articular e integrar empresas, startups, instituições de pesquisa, universidades e o poder público na promoção da inovação e do desenvolvimento regional, o InovaCampinas 2016 – Fórum Regional de Inovação e Desenvolvimento Sustentado, que acontece nos dias 20 e 21 de outubro no auditório do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) – busca debater não só temas relacionados ao empreendedorismo tecnológico, mas também assuntos que colaborem para o fortalecimento de Campinas como polo tecnológico  e de conhecimento.

Para Omar Branquinho, vice-presidente da Associação Campinas Startups (ACS), a região se destaca pela mão-de-obra qualificada acima da média nacional para o setor de tecnologia e pela localização privilegiada. “Estamos próximos de São Paulo, do sul de Minas Gerais, do litoral e do interior paulista, e o acesso ao aeroporto de Viracopos facilita muito a vida de quem quer fazer negócios. O ecossistema de inovação da RMC também é bastante complementar, contando com grandes instituições, como Unicamp, PUC-Campinas, parques tecnológicos, aceleradoras e associações estruturadas em prol do empreendedorismo”, assinala Branquinho.

O co-fundador da V8Startups, Fernando Teixeira, aponta que as startups são o novo motor de desenvolvimento de qualquer região. “São pequenas empresas que empregam muita gente, crescem e conquistam o mundo. É por isso que, hoje, tantas cidades, estados e países estão criando incentivos para elas. A inovação, cada vez mais, vem das startups. E inovação gera riqueza, que gera desenvolvimento”.

Em 2014, foi sancionada a lei que concede isenção total do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) até o limite da área construída de 120 metros quadrados ou do valor anual do imposto em R$ 2,8 mil às startups instaladas em Campinas, além de redução da alíquota do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para 2% sobre a receita tributável de até R$ 418,5 mil (valores referentes a este ano).

“As startups geram empregos e renda e isso, sem dúvida, é um grande promotor de desenvolvimento para a região, já que é capaz de girar a economia tanto em setores específicos quanto no mercado como um todo. Isso, por si só, já é bastante positivo. Porém, há um segundo fator que, ao meu ver, é capaz de trazer ganhos ainda maiores em médio e longo prazo, que é a questão da inovação. As startups são mais ágeis e dinâmicas. Trazem a todo tempo algo novo ao mercado e, em certos casos, até inovações disruptivas. Isso permite não só a possibilidade de crescimento acelerado da empresa, mas, também, a capacidade de estabelecer parcerias com grandes empresas nacionais ou multinacionais que, por natureza, têm maior dificuldade de inovar sem a cooperação com startups”, explica o Prof. Milton Mori, diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, que exemplifica esse processo com uma analogia.

“Aliar esses atores em um só ecossistema é o grande diferencial da nossa região. Temos grandes empresas em toda RMC, mas temos também um movimento empreendedor de base tecnológica muito forte, sendo a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), a Incubadora da Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (CIATEC), a ACS e as empresas-filhas da Unicamp (o grupo Unicamp Ventures) importantes players desse movimento. A soma desses fatores, certamente, deixa a região muito atrativa para instalação de empresas nascentes de base tecnológica”, completa o Prof. Mori.

Bruno Rondani, fundador do movimento 100 Open Startup e presidente da Inova Ventures Participações (IVP) – sociedade de participações com o objetivo de investir em empresas de base tecnológica e alto potencial de crescimento – concorda com o Prof. Milton Mori e destaca Campinas como a “capital da inovação”. “Além de mão-de-obra qualificada, geração de empregos e atração de investimentos, a região que contém um polo tecnológico recebe a inovação em primeira mão e, consequentemente, desfruta dos serviços e benefícios primeiro”.

 Ecossistema Regional de Inovação e Desenvolvimento Territorial

O InovaCampinas 2016 contará com a participação de mais de 50 instituições de ciência e tecnologia e startups do Estado, que trarão o melhor em soluções e ofertas tecnológicas dispostas em uma área de exposições que também abrigará estandes dos parques científicos e tecnológicos da região e representantes de instituições de fomento, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Desenvolve SP.

Para o Prof. Milton Mori, o Fórum irá facilitar e fortalecer as conexões entre os players do ecossistema de empreendedorismo e inovação da região.

“Quanto mais conexões melhor. E o InovaCampinas traz uma enorme oportunidade para que isso aconteça, reunindo, no mesmo espaço, empresas, instituições, universidades, empreendedores e governo (prefeitura)”, aponta Bruno Teixeira.

“A intersecção de startups com grandes empresas é muito importante, uma vez que grande parte da demanda das startups vem dessas grandes empresas. Além disso, a proximidade com instituições de fomento é crucial para melhorar o acesso da startup ao capital disponível”, diz Omar Branquinho.

 Serviço:

3º InovaCampinas – Fórum Regional de Inovação e Desenvolvimento Sustentado

20 e 21 de outubro

Auditório do Instituto Agronômico de Campinas (IAC)

Mais informações: http://inovacampinas.org.br/

Inscreva-se gratuitamente: http://inovacampinas.org.br/#inscrevase

A 3º edição do InovaCampinas é realizada pela Fundação Fórum Campinas Inovadora em parceria com a Unicamp e conta com o patrocínio da Prefeitura de Campinas, da Desenvolve SP, da Fapesp, da Somorelate Business Development e da Terras de Barão Empreendimentos.

Apoiam o evento o IAC, o Grupo RAC, o V8 Startups, o LIDE, a Inova Unicamp, o CIESP Campinas, o CRC&VB, a ACS, a Incamp, a IMA, a Anpei, o SindusCon, a Innova Ventures Participações, o Núcleo Softex Campinas, o Movimento 100 Open Startups, e a Baita.

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