Texto: Carolina Octaviano

Fotos: Juliana Ewers

Idealizado pela Desenvolve SP com o apoio da Agência de Inovação Inova Unicamp, o Movimento pela Inovação contou com palestras sobre as opções de financiamento e as linhas de apoio à inovação. Na ocasião, empreendedores e pesquisadores puderam conhecer melhor as opções de fomento apresentadas pela própria Desenvolve SP e pelos parceiros: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Centro Paulo Souza, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Instituto Euvaldo Lodi (IEL), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Senai. O evento foi realizado na sede do Ciesp Campinas, no último dia 27 de julho.

O diretor do Departamento de Inovação e Tecnologia do CIESP Campinas e diretor do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, Eduardo Gurgel, deu as boas-vindas aos participantes e agradeceu pela presença de todos. O diretor-executivo da Inova Unicamp, professor Milton Mori, deu continuidade à abertura e falou sobre o ambiente favorável para Ciência, Tecnologia e Inovação da região de Campinas e da importância da Unicamp e suas empresas-filhas neste contexto. “A estrutura de inovação da Unicamp é bastante forte. Em 2014, tínhamos 286 empresas ativas com faturamento anual de 3 bilhões de reais”, afirma.

Na sequência, Rafael Bergamaschi, superintendente de Negócios e Operações da Desenvolve SP, também destacou o grande potencial da região. “Campinas é um dos principais polos de tecnologia e inovação do estado e conta com universidades de ponta como a Unicamp, importantes centros de pesquisas e quatro Parques Tecnológicos”, comenta. Bergamaschi apresentou a instituição – que financia, por meio de linhas de crédito sustentável, o crescimento planejado de pequenas e médias empresas paulistas – e falou sobre os esforços para auxiliar empresários e empreendedores a tirarem seus projetos do papel. “Trata-se de uma iniciativa conjunta entre as principais entidades dedicas à inovação, com o objetivo de informar e orientar sobre como e onde buscar recursos financeiros, além de fornecer orientação qualificada sobre quais são os obstáculos que podem comprometer o sucesso de um projeto”, explica.

Já Fernão Valle, do BNDES, abordou como é o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento a pequenas e médias empresas inovadoras. Ele deu o exemplo de case de sucesso a Geleia Homemade que, com a modificação de sua embalagem por uma mais tecnológica e com um design mais atrativo, conquistou um aumento considerável nas vendas. O representante do Banco Nacional de Desenvolvimento também falou sobre o BNDES MPME Inovadora. “O BNDES considerada Micro, Pequena e Média empresa aquela que obtiver Receita Operacional Bruta Anual de até: R$2,4 milhões, R$16 milhões e R$90 milhões, respectivamente. Em 2016, o ambiente de negócios do Banco contava com 732 mil cartões do BNDES habilitados – um dos requisitos para pleitear financiamento -, R$58 bilhões de limite pré-aprovado e 70 mil fornecedores cadastrados”, aponta.  Ele comentou ainda sobre o BNDES Soluções Tecnológicas, linha de financiamento que tem como foco o fornecimento de uma tecnologia ou know-how que satisfaça as necessidades de criação ou modificação de um produto ou processo produtivo e que deve estar disponível para aplicação imediata.

Eduardo Vaz, do IEL, também participou das apresentações e falou sobre a boa experiência do Instituto com o programa Inova Talentos. Representando o IPT e o Embrapii, Mari Tomita Katayama apresentou os esforços desempenhados para aumentar a competitividade das MPMEs paulistas. Nanci Gardim abordou a experiência do Senai, que vai além da educação profissional, comumente associada a esta instituição, e afirmou que, cada vez mais, está sendo reconhecido como um ator capaz de conversar bem com a indústria, governo e academia, além de falar sobre as diferenças entre os Institutos Senai de Tecnologia e os Institutos Senai de Inovação. Já Mayra Silvestre Izar representou a Inova Paula Souza e comentou sobre o Escritório de Projetos, iniciativa que auxilia na elaboração de projetos a serem submetidos para a Desenvolve SP e a Fapesp.

Finalizando, Douglas Zampieri, coordenador da área de Pesquisa para Inovação da Fapesp, ressaltou o ambiente favorável do estado de São Paulo para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, revelando que, em 2014, a Fundação bateu recorde de volume aportado e de empresas beneficiadas. Ao mencionar o programa PIPE Fapesp, que apoia a execução de pesquisas científicas, tecnológicas e inovadoras em MPMEs paulistas, o também professor da Engenharia Mecânica da Unicamp destacou que as regiões onde há boa formação de recursos humanos é equivalente àquelas com maior concentração de atividades de P,D&I.

Os empreendedores e pesquisadores de Campinas e região interessados em saber mais sobre as possibilidades de financiamento e outros tipos de apoio puderam também agendar um horário com os consultores da Desenvolve SP para tirar todas as dúvidas e receber atendimentos individualizados. Estas reuniões acontecem no dia 27, no período da tarde, e se estendem pelos dias 28 e 29 de julho.

Confira as apresentações das instituições: Desenvolve SP, BNDES, Fapesp, IPT, Senai, IEL e Inova Paula Souza.