21 de junho de 2016 Tecnologia da ENGIQ detecta se carne bovina está estragada
Texto: Carolina Octaviano
Foto: divulgação
Finalista do Desafio Unicamp 2016, a equipe ENGIQ criou modelo de negócio para um sensor colorimétrico de detecção de gás sulfídrico, biodegradável e atóxico, que permite detectar se um alimento – no caso, carne bovina – está em condições adequadas para o consumo.
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“O sensor deve ser colocado no alimento em condições anaeróbicas, pois essa situação pode causar o desenvolvimento de bactérias produtoras de gás sulfídrico. A mudança de cor em uma escala pode indicar se o alimento é ideal ou não para o consumo, evitando que o consumidor final compre um produto estragado, dentro do prazo de validade”, explica Débora Sousa, aluna da Engenharia Química da Unicamp e integrante da equipe. Ela conta que a patente que originou o modelo de negócios é voltada para carnes embaladas à vácuo e que, por este motivo, ele é voltado para atender o segmento de frigoríficos de carne bovina.
A preocupação com a saúde e com a alimentação sempre foram a motivação para os membros da equipe terem optado por esta tecnologia. Débora conta que a Professora Telma Franco, mentora acadêmica e responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, além de sanar as dúvidas dos integrantes, explicou o funcionamento da tecnologia, assim como suas vantagens, proporcionando um maior conhecimento da tecnologia. Isto facilitou, inclusive, o entendimento sobre possíveis clientes, concorrentes e custos envolvidos no processo. Transformar a tecnologia em um negócio não foi simples.
Também formada por Lucas, Davi Lima Costa, Victor Afonso Bonetti Campos, Marcelo Alves Arrais de Souza e Henrique Camargo de Araújo Venturelli – todos alunos da Engenharia Química -, a ENGIQ realizou pesquisas de mercado, com a finalidade de entender como o segmento de carnes bovinas se comporta no Brasil, principalmente, no que tange aos procedimentos de qualidade e higiene e aos problemas enfrentados pelo consumidor final deste tipo de alimento. “Tendo em vista a quantidade de problemas relacionados a carnes embaladas à vácuo com mal odor e o potencial de nossa tecnologia, estava criado o cerne de nosso modelo de negócios. A partir daí, passamos a nos atentar aos outros aspectos que possibilitassem tal modelo ser lucrativo e escalável”, aponta.
“Procuramos desenvolver detalhadamente cada tópico do Canvas, porém de modo que o Modelo de Négócios fosse totalmente harmonioso entre suas partes e refletisse nossas intenções e desejos com nossa tecnologia. O interessante é que nesse processo sempre surgiam novas perspectivas para cada segmento do modelo”, comenta Débora.
A integrante da ENGIQ defende a importância do mentor empresarial – tarefa desempenhada pelo empreendedor Alexandre Neves, da MBA60 – para que a equipe chegasse à final desta edição do Desafio Unicamp. “A oportunidade de contar com o Alexandre Neves, um tricampeão do Desafio Unicamp, e um nome extremamente associado com empreendedorismo de sucesso foi uma honra e um grande aprendizado para todos nós. A percepção do mentor em relação ao mercado e suas armadilhas influenciaram diretamente a evolução de nosso modelo de negócios”, completa.
Débora avalia a participação no Desafio Unicamp como uma grande oportunidade de entender o empreendedorismo de um modo mais profundo, uma vez que proporciona aos participantes uma imersão no ecossistema empreendedor. “Nós da ENGIQ temos certeza em afirmar que essa experiência possibilitou um grande aprendizado em análise de mercado, relacionamento com clientes e trabalho em equipe, fatores essenciais para qualquer Startup”, defende. Ela revela ainda que os membros da equipe, após a experiência no Desafio, passaram a considerar o empreendedorismo como uma opção de carreira a ser seguida. “Essa experiência certamente coloca o empreendedorismo como uma segunda opção de carreira para todos nós da ENGIQ e nos propicia conhecimentos e insights aplicáveis em qualquer rumo profissional que por ventura escolhermos”, conclui.
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