Unicamp amplia parceria com empresas e fecha 15 licenciamentos e 51 P&Ds em 2015

Texto: Juliana Ewers

Comprovando a boa interação que a universidade tem com o setor produtivo, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) fechou 2015 com crescimento significativo nas parcerias com empresas. Foram 15 contratos de licenciamento assinados no ano passado. O número é um recorde histórico da instituição, que acumula 71 contratos vigentes e que representam um total de 125 patentes licenciadas, de acordo com a Agência de Inovação Inova Unicamp. Atualmente, o portfólio da Unicamp é composto por 984 patentes.

Com o aumento nesse tipo de parceria, a Unicamp bateu, pelo segundo ano consecutivo, recorde em recebimento de royalties. São R$ 1.937.305,00 em ganhos econômicos.

Além dos licenciamentos, que correspondem à autorização para desenvolvimento e exploração comercial de tecnologias da Unicamp por parte das empresas, os convênios de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) também apresentaram bom desempenho no último ano. Foram 51 parcerias desse tipo firmadas entre a universidade e empresas. A Agência de Inovação foi responsável por intermediar 26 dessas negociações. Entre as unidades que mais selaram esse tipo de acordo estão: o Instituto de Computação (11) e a Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (7).

“Esses indicadores demonstram o quanto a universidade tem se estruturado para atender a indústria, começando com um trabalho bastante proativo em busca das demandas tecnológicas do setor produtivo, a indicação dos laboratórios e pesquisadores com melhor competência para atendê-los, até chegar à tramitação desses contratos e convênios dentro da universidade, que também têm ocorrido com mais agilidade”, afirma o diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, Milton Mori.

Propriedade Intelectual

No que se refere às invenções, a Unicamp depositou no ano passado 58 patentes e obteve a concessão de 35 junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Vale ressaltar que o trâmite para concessão no INPI leva em média 10 anos, o que significa que as patentes concedidas se referem a depósitos de anos anteriores a 2015.

“A morosidade do INPI em analisar os depósitos de patente ainda joga contra, principalmente quando estamos a negociar o licenciamento dessas tecnologias para empresas. Por outro lado, o que conta a nosso favor é o trabalho contínuo da equipe de Propriedade Intelectual para responder às ocorrências técnicas apontadas pelo instituto. Essa rápida resposta permitiu que passássemos de 15 patentes concedidas em 2014 para 35 concedidas no ano passado”, finaliza.

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