Primeira visita institucional da Incamp atrai 10 interessados no processo de seleção e incubação

Texto: Juliana Ewers

A Incamp (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp) realizou hoje a primeira visita institucional às dependências da incubadora, que contou com a apresentação do gerente Walter Wascheck Neto sobre o edital de seleção e o processo de incubação.

Com 45 empresas graduadas desde 2001, ano em que foi fundada, a Incamp tem hoje 17 empresas dentro de seu processo, sendo três delas pré-incubadas e 14 incubadas. A maior parte é da área de TI (Tecnologia da Informação), contudo também existem companhias focadas em Engenharia, Química, Consultoria, Saúde, Energia Biotecnologia, e Petróleo e Gás.

“É curioso pois verificamos um fator cíclico na submissão de propostas para a incubadora. Ano a ano, observamos uma área que se sobressai. Em 2015, por exemplo, é o setor de Saúde. Entretanto, é preciso salientar que a incubadora não tem restrição de empresas concorrentes”, explicou o gerente.

Segundo Wascheck Neto, para ingressar na incubadora a empresa precisa submeter proposta ao edital de fluxo contínuo. Entre as exigências a serem atendidas estão: a existência de um projeto, empreendedores interessados e a empresa a ser criada deve ser de base tecnológica, ou seja, intensiva em conhecimento. A taxa de inscrição é de R$ 350,00.

Nesse momento, não é necessário CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). E os empreendedores não precisam ter dedicação exclusiva à empresa. “Para nós, o importante é que eles deem conta das demandas. Pensar o plano de negócio, marketing, gestão financeira, jurídico, processos internos são coisas que dão trabalho. E eles serão cobrados por isso.”

Durante a avaliação de propostas, são avaliados os seguintes critérios: viabilidade técnica e econômica, conteúdo tecnológico e inovador relevante, potencial de interação entre a empresa e a Unicamp, qualificação técnica e mercadológica da equipe, e aderência ao serviço proposto pela incubadora da Unicamp.

O processo de pré-incubação tem duração máxima de 12 meses. Já o de incubação pode chegar a 36. Nas duas modalidades, a empresa pode ser residente ou não-residente. A estrutura física atual da Incamp comporta 12 empresas, oito delas em salas individuais, de 25 m2 em média cada, e outras quatro partilham o espaço de coworking.

“Nos dois casos, as empresas podem migrar para a outra modalidade. Se a empresa for pré-incubada e desejar progredir, após os doze meses, para o processo de incubação, ela não precisa submeter nova proposta. Isso é feito automaticamente. Já as empresas não-residentes, que justifiquem a necessidade de uma sala, podem entrar na fila de espera para conseguir um endereço dentro da incubadora”, relata.

Os custos do processo de incubação variam de acordo com o modelo. Uma empresa pré-incubada residente paga R$ 550,00/mês, já a não-residente arca com o valor de R$ 350,00/mês. As incubadas residentes pagam R$ 550,00/mês no primeiro ano, passando para R$ 650,00/mês no segundo ano e R$ 750,00/mês no terceiro. Já as não residentes também acompanham o primeiro ano das pré-incubadas não residentes, R$ 350,00/mês, e chegam a R$ 450,00/mês no segundo ano e R$ 550,00/mês no terceiro.

Orientação externa

Preocupada em fornecer uma formação completa às empresas, a incubadora fornece também treinamentos e capacitações externas em diversas áreas, através de parcerias. Exemplo disso foi o Ciclo de Treinamentos do Sebrae, que realizou um levantamento das necessidades das empresas incubadas e trouxe mensalmente um rápido workshop, de cerca de duas horas, dos temas pertinentes às necessidades das incubadas. A expectativa é de que esses minicursos continuem. Está previsto também, para começar em breve, um treinamento de 40 horas em gerenciamento de projetos. Nos dois casos, as capacitações são gratuitas para os incubados.

Balanço das atividades

Após as explicações, o gerente da incubadora visitou as salas das empresas e tirou dúvida dos participantes. A expectativa é a de que a Incamp realize visitas institucionais mensais a partir de agora.

“Foi uma tarde bastante produtiva, já que a dúvida de um nunca é exclusivamente dele. Em encontros como o de hoje, poderemos aproximar mais os interessados no processo de incubação e atrair mais empreendedores para a Unicamp, consolidando assim o ecossistema que se forma na região de Campinas”, finalizou Wascheck Neto.

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