Texto: Juliana Ewers

A Griaule, empresa-filha da Unicamp que trabalha com tecnologia Biométrica, ajudou a Polícia Civil de Minas Gerais a solucionar um furto à residência, que aconteceu no último dia 15 de agosto, em um município localizado a 415 quilômetros da capital – o nome da cidade foi mantido em sigilo a pedido da corporação.

De acordo com informações passadas pela Polícia, ao chegar à residência, os moradores encontraram os móveis revirados e alguns objetos quebrados; entre eles, estava um porquinho de gesso, revestido com uma cobertura metálica, partido no centro do quarto.

Após remontar parte do cofrinho, a perícia conseguiu pegar a digital de um anelar esquerdo. De volta à delegacia, a partir da utilização do GBS Forensic da Griaule – um software projetado especialmente para profissionais papiloscopistas e investigadores forenses – a Polícia Civil identificou a digital do suspeito, que já tinha passagem por outros furtos.

“Ficamos muito contentes, pois vimos que o esforço dedicado no desenvolvimento do produto está gerando retorno. O software tem a missão de auxiliar na aplicação da lei através do reconhecimento de impressões digitais. E essa contribuição para a sociedade nos motiva muito a continuar investindo na melhoria do produto”, afirmou o diretor de tecnologia da Griaule, Eduardo Félix.

A Polícia Civil tem expectativa de identificar só nessa cidade ao menos dez outros suspeitos, com digitais que já constam no banco de dados, colhidas pela perícia em outras cenas de crime. Há também outras delegacias e institutos de identificação no Brasil usando o sistema, segundo Félix.

A Griaule tem hoje um dos maiores ABIS (Sistema Automatizado de Identificação Biométrica) do mundo, com 160 milhões de registros até 2018 no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Atualmente a base tem 24 milhões de pessoas.

“A expectativa daqui para frente é aprimorar nossa solução de Inteligência e Investigação Forense, auxiliando o trabalho de investigação da Polícia. A Griaule é especializada em grandes bases de dados acima de 5 milhões de pessoas. E nossa solução permite análise e processamento Big Data Biometrics, com reconhecimento de impressões digitais, palmares, plantares, face, voz, além de armazenar, pesquisar e agrupar grande quantidade de dados, incluindo textos, vídeos, imagens, áudios, mídias sociais, dados bancários, registros telefônicos, e outras informações relevantes na investigação”, concluiu o diretor.