29 de julho de 2015 Grandes empresas procuram as startups mais atraentes do ano
“Você tem uma grande ideia e eu tenho uma grande empresa. Vamos trabalhar juntos?”. Esse é a proposta do 100 Open Startups, movimento que conecta startups a companhias de renome e que procura os projetos mais inovadores e atraentes do ano.
As startups selecionadas passarão pelo aprimoramento da ideia, pela capacitação do seu time, pelo desenvolvimento do modelo de negócio, pelo ajuste do timing da proposta e também pela possibilidade de captar aportes de grandes empresas e de fundos de investimento.
Bruno Rondani, organizador do 100 Open Startups, conta como funciona a seleção. “Temos três grandes etapas de interação: o empreendedor é avaliado pela própria rede; depois, é avaliado pelo próprio mercado; e, por fim, pelos investidores”, explica. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até esta sexta-feira (31) pelo site.
Na hora da inscrição, o candidato deve escolher o desafio e a cidade onde deseja participar dos encontros e das avaliações presenciais. As atividades acontecem em 13 “capitais de inovação” brasileiras.
As startups devem responder a desafios das seguintes áreas: cidades inovadoras, educação do futuro, saúde e bem-estar, indústria do futuro, sociedade da informação, energia elétrica, agronegócios, wearables, petróleo e gás, PMEs e desafio aberto (projetos que não se enquadram nas outras categorias).
Rondani conta que cada desafio foi elaborado em conversa com mais de 100 empresas. Participando ativamente, são inicialmente 40 companhias, como Estácio, Grupo Fleury, IBM, Johnson & Johnson e Natura. A proposta abrange tanto desafios para a sociedade quanto para o setor de atuação da startup.
Fases
O 100 Open Startups se diz um movimento (e não um concurso) porque a prioridade é criar um espaço que una grandes empresas a essas startups atraentes e abertas a sugestões. “Nosso discurso é de criação de contexto, e esse é o diferencial”, diz Rondani.
As startups podem se relacionar dentro do movimento e refinar a ideia com outros participantes e com as empresas, em um ambiente online. Por isso, esses projetos devem ser abertos às sugestões: nada de manter o negócio fechado até o lançamento do produto ou serviço.
Após essa etapa, as startups mais atraentes na opinião das empresas que propuseram os desafios são convidadas para mentoria e bancas de avaliação presenciais. Por fim, 100 são selecionadas para o evento final, no Open Innovation Week, que conecta comunidades de inovação e acontece em São Paulo.
“O objetivo é identificar as startups mais atraentes, mas quem vai participar do evento são as convidadas pelas grandes empresas”, explica Rondani. Uma mesma startup pode ser chamada por mais de uma companhia, por exemplo, o que serve de critério de desempate.
O 100 Open Startups não oferece nenhum aporte garantido, mas é possível que fundos de investimento invistam. Ao todo, há 10 fundos relacionados ao movimento.
Fonte: Revista Exame