17 de dezembro de 2013 Brasil amplia parceria com a França em transferência de tecnologia e capacitação profissional
Brasil e França assinaram na semana passada acordos na área de ciência e tecnologia para a transferência de tecnologia e conhecimento. A assinatura aconteceu na última quinta-feira (12), durante a visita do presidente francês, François Hollande, ao País.
O tratado abrange a instalação de uma infraestrutura de computação de alto desempenho, a transferência de tecnologia para o satélite geoestacionário de defesa e comunicação estratégica brasileiro e novas ações do programa Ciência sem Fronteiras (CsF).
A diretriz estabelecida pelo Planalto é que o Brasil possa figurar em breve entre as potências mundiais na área de computação. O acordo obriga o governo brasileiro a fomentar a produção de produtos e serviços de supercomputação. Para tanto, vai adquirir um supercomputador da empresa francesa Bull e instalar dois centros de pesquisa, ambos no estado do Rio de Janeiro.
O primeiro ficará em Petrópolis, em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI). O segundo será na capital fluminense, instalado no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe).
Satélite
Outro acordo assinado na semana passada foi o de construção de um novo satélite geoestacionário de defesa e de comunicação estratégica. A francesa Thales Alenia Space ficará encarregada da construção do equipamento. Ele servirá para levar internet de banda larga para municípios que ainda não têm esse tipo de serviço oferecido pela Telebrás e para a comunicação entre o governo. O equipamento será lançado pelo consórcio europeu Arienespace, ainda sem uma data estipulada.
CsF
A última parte do acordo bilateral entre Brasil e França envolveu o programa Ciência sem Fronteiras. Pelo tratado, o país europeu irá ceder 500 vagas para mestrado em universidades locais para participantes do programa em 2014, além do mesmo número no ano seguinte. Além disso, os estudantes poderão fazer cursos de língua francesa antes de embarcarem para a Europa.
A expectativa é que a França receba 10 mil alunos brasileiros em cinco anos. Até aqui, cerca de 6 mil estudantes tupiniquins estudaram ou estudam no país parceiro.
(Agência CT&I, com informações do MCTI)