Interações entre parques tecnológicos e cidades são benéficas para o desenvolvimento

Especialistas discutem o tema e apresentam casos de sucesso no Brasil e na Europa

Recife, outubro de 2013 – A primeira plenária do evento 30ª Conferência Mundial da IASP e XXIII Seminário Nacional Anprotec, realizada no Porto Digital, em Recife, na última terça-feira (15/10), trouxe autoridades em urbanismo e tecnologia para tratarem do tema “Parques tecnológicos modelando cidades”. A apresentação foi conduzida pelo convidado Anthony Townsend, diretor de pesquisa do Institute for the Future, dos Estados Unidos, e doutor em Planejamento Urbano e Regional pelo Massachusetts Institute of Technology, além de Cidinha Gouveia, gerente de projetos do Porto Digital, e Hardy Schmitz, CEO do Berlin Adlershof, na Alemanha.

Townsend comentou causas, benefícios e perigos potenciais das chamadas cidades inteligentes, que, na definição dele, “são lugares em que a tecnologia da informação é utilizada para enfrentar os problemas urbanos”.  Segundo ele, a democratização da tecnologia da informação pode gerar novas plataformas para que todos os cidadãos tenham acesso a oportunidades e recursos.

Após a apresentação de Townsend, representantes de parques de dois países compartilharam experiências relacionadas à melhoria das cidades e regiões onde estão instalados.  O exemplo brasileiro veio do Porto Digital, de Recife (PE), que apresentou o projeto Porto Leve, que tem por objetivo contribuir para a melhoria da mobilidade urbana. A gerente de projetos do parque, Cidinha Gouveia, apresentou os desafios que motivaram o projeto. “Um dos grandes problemas enfrentados era a falta de vagas de estacionamento, além do trânsito congestionado”, afirmou.

O exemplo estrangeiro foi o parque científico e tecnológico Berlin Adlershof, da Alemanha, que foi apresentada pelo CEO Hardy Schmitz. Instalado em uma região que antes não tinha nenhum estabelecimento sobrevivente à reunificação do país, o parque conta atualmente com 950 companhias, 15 mil empregados e 8 mil estudantes, reunidos em um ambiente propício para estudar, abrir um negócio e vê-lo crescer. Soluções e oportunidades nas áreas de ótica, materiais, mídia, meio ambiente e fotovoltaicos são amparadas pelos laboratórios, ao mesmo tempo em que atividades culturais, comércio e parques oferecem qualidade de vida aos cidadãos.