Renovação produtiva brasileira depende da inovação, defende secretário do MCTI

O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, ligou a renovação produtiva brasileira ao investimento em inovação. Na opinião dele, as empresas têm o mesmo dever do governo federal em aplicar recursos aplicado em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

“Essa é uma agenda que a presidente Dilma Rousseff elegeu como uma das cinco principais de seu governo. Mas esse é um processo que não se dá apenas com ações internas, pelas vias do governo, mas também pelo setor privado”, afirmou, durante o relançamento do Instituto para Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Complexo Eletroeletrônico e Tecnologia da Informação (IPD Eletron), nesta segunda-feira (2), em São Paulo (SP).

Atualmente o Brasil investe entre 0,60% e 0,65% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em inovação. Elias citou iniciativas federais que colocam milhões de reais a disposição dos empresários. Uma delas é o Plano Inova Empresa. Ao todo são R$ 32,9 bilhões em investimentos até 2014 para a cadeia agropecuária; complexo da saúde; energia; petróleo e gás; complexo aeroespacial e de defesa; tecnologias da informação e comunicação (TICs); e sustentabilidade socioambiental.

“O governo federal tem feito um esforço muito grande para integrar políticas e instrumentos nesse sentido, mas as empresas também precisam responder a essas ações e renovar sua capacidade de investimento”.

Para o secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Nelson Fujimoto, “dificilmente” o Brasil terá um desenvolvimento sustentável na indústria se não investir em inovação. “Nos últimos dez anos, praticamente quadruplicamos os investimentos na área de pesquisa e na infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento [P&D]”, informou. “O desafio agora é a aproximação com o setor privado, fazer com que a indústria aproveite esse bom momento que o País está vivendo”.

Nesta terça-feira (3), foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o decreto que qualifica a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) como organização social. O decreto assinado pela presidente da República, Dilma Rousseff, era o último passo que faltava para que a Embrapii pudesse funcionar oficialmente.

Em dezembro, um edital será lançado para credenciar novas instituições de ciência e tecnologia (ICTs) como unidades Embrapii. As escolhidas receberão recursos para captar clientes na indústria para o desenvolvimento de projetos inovadores.

(Agência Gestão CT&I com informações do MCTI)