22 de março de 2013 Secretário afirma que CT&I será pilar da nova política de desenvolvimento regional
O secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (MI), Sérgio de Castro, disse ontem (19), que a tríade ciência, tecnologia e inovação será um dos pilares de sustentação da nova política de desenvolvimento regional do país. A afirmação foi dada durante a realização da 1ª Conferência de Desenvolvimento Regional, que acontece até o dia 22 de março, em Brasília (DF).
Castro explicou que para diminuir as disparidades econômicas e sociais entre as regiões brasileiras, como a de todo o Nordeste e parte do Norte, que hoje possuem um Produto Interno Bruno (PIB) menor que a metade da média nacional, o governo aposta em um trabalho estreito com os diversos ministérios, em especial, com o MCTI.
“Estamos construindo um grande pacto de metas. Nós já nos reunimos com o MCTI para traçar objetivos muito concretos e regionalizados, a partir do potencial existente. Vamos combinar programas já existentes no ministério, para que de maneira coordenada, possamos fazer a diferença nessas regiões”, afirmou.
A inovação é apontada como chave desse processo. De acordo com o secretário, ela é a única forma pela qual o país poderá transformar o que hoje é considerado problema nas regiões mais atrasadas, em oportunidade de competitividade de crescimento do Brasil. “Eu me refiro às energias renováveis no Nordeste, por exemplo, com a questão da energia eólica e a solar. Eu me refiro a todo o potencial da biodiversidade da Amazônia”, disse.
Para a região Centro-Oeste um dos principais desafios, na qual a inovação também é a arma, será de incluir serviços de alto valor agregado às commodities da soja. Além dessas apostas, o secretário acredita que a injeção de R$ 32,9 bilhões no estímulo à inovação e a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial podem fazer a diferença para a aceleração do desenvolvimento regional do país.
De acordo com Castro, a desconcentração da estrutura produtiva é uma questão fundamental nesta equação. Para ele, é necessário trabalhar para que a política industrial contribua para essa descentralização, com o objetivo de adensar as cadeias produtivas existentes nas regiões e, sobretudo, apostar no novo.
“A política industrial tem que conversar estreitamente com a política de inovação, com política de educação, para que nós possamos construir estruturas produtivas a partir do potencial e das riquezas dessas novas regiões”, afirmou.
Apesar do otimismo com o novo plano, Castro afirma que a diminuição das disparidades ainda deverá levar um bom tempo. Ele calcula que em dez anos elas deverão diminuir consideravelmente, mas ainda estarão aquém da meta.
“Os indicadores no Brasil são muito ruins. Os desafios são muito estruturais e grandes. Nós queremos reduzir drasticamente, nesses 10 anos, dois indicadores notoriamente ruins que são o PIB per capita e a renda per capita nacional. O nosso objetivo é que nesse período nenhuma região possua menos de 65% do PIB nesses dois quesitos” destacou Castro.
Conferência
O evento trabalha pelo desenvolvimento de uma nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Ele tem como meta fomentar uma discussão de contexto nacional, do qual resulte princípios e diretrizes para a reformulação da PNDR.
Informações sobre a conferência podem ser obtidas neste link.