Empreendedorismo será impulsionado por aceleradoras de empresas de TI, afirma secretário

A cada ano a competitividade global está mais acirrada no ramo de tecnologia da informação (TI). Para o governo federal não há dúvidas de que o empreendedorismo tem que ser estimulado. Na última semana, o MCTI comemorou a vinda da primeira grande empresa do segmento ao Brasil para estimular o desenvolvimento de empresas nascentes de base tecnológica.

A Microsoft Research International anunciou a criação da Acelera Rio que será instalada na capital fluminense. De acordo com o secretário de Política de Informática do Ministério da MCTI, Virgilio Almeida, essa medida está de acordo com as diretrizes do Programa TI Maior.

“Essa iniciativa tem tudo com o programa que visa construir ambientes propícios ao surgimento e à concretização de novas ideias e modelos de negócios”, explica Virgilio. “Nesse setor, muitos projetos que hoje têm projeção mundial brotaram de ambientes informais e jovens empreendedores. Quantos mais não poderiam ir adiante com o devido apoio?”

A meta da política pública do MCTI é acelerar 150 startups de software e serviços de TI até 2015. Somente na Acelera Rio, há cada dois anos, 15 empresas serão lançadas no mercado. Para isso, contará com a ajuda de parceiros públicos e privados, entre elas a prefeitura do Rio, por meio da Rio Negócios.

Segundo Virgilio Almeida, aceleradoras como a da Microsoft vão contribuir de forma fundamental para um contexto muito mais dinâmico no setor de TI. Para o secretário, trata-se de um caminho para a disputa por mercados globais, que passa por constituição de redes, aproximação com a universidade, opções nas compras públicas e articulação com as grandes companhias.

A ideia da Microsoft Research é estimular o fluxo do conhecimento entre as equipes de pesquisa da multinacional, universidades locais, empresas startups e o mercado brasileiro, transformando a cidade do Rio de Janeiro em um hub tecnológico.

O presidente do grupo no Brasil, Michel Levy, ressaltou que o sucesso das pequenas e médias empresas é fundamental para a competitividade do Brasil. “Elas criam empregos, impulsionam o crescimento e a inovação e muitas delas se desenvolvem em empresas multinacionais”, disse.

O mercado brasileiro, atualmente, é explorado por aproximadamente 8,5 mil empresas, dedicadas ao desenvolvimento, produção e distribuição de software e à prestação de serviços. Das empresas que atuam no desenvolvimento e produção de software, 94% são classificadas como micro e pequenas empresas.

Dados da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) mostram que o mercado brasileiro de TI, em 2011, movimentou US$ 102 bilhões. Um aumento no faturamento de 11,3% quando comparado aos número do ano anterior, respondendo por 4,4% do PIB brasileiro.

(Agência Gestão CT&I de Notícias com informações do MCTI)