Presidente da Anpei alerta sobre altos custos da inovação no Brasil

Os custos para inovar no Brasil, hoje, penalizam as empresas e é preciso que governo e setor privado estejam atentos ao problema, alertou o presidente da Anpei, Carlos Calmanovici, no encerramento do Seminário Inovação e Desenvolvimento Econômico, promovido pelo jornal Valor Econômico no dia 6 de novembro, em São Paulo (SP). Alguns associados participaram do evento como palestrantes: o vice-presidente da Anpei, Guilherme Marco de Lima, falou sobre inovação também como representante da empresa Whirlpool, além de profissionais das associadas Anpei WEG Motores, Embraer, Totvs, 3M e Suzano Papel e Celulose.

“A inovação no Brasil tem de ser competitiva, mas hoje, inovar ou fazer pesquisa e desenvolvimento no País é caro”, apontou Calmanovici. “Os custos em P&D, em compra de equipamentos, em gestão e outros são particularmente elevados, penalizando as atividades de inovação e a competitividade das empresas”, acrescentou. No sentido de reduzir esses custos, inclusive, a Anpei discute com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) uma proposta de redução da carga tributária que incide sobre a contratação de pesquisadores.

“O mundo vai crescer menos e a competição vai aumentar. Manter ou ganhar competitividade depende do esforço em gestão do investimento em inovação, mas há dificuldades no processo”, apontou. “O prêmio que se obtém ao inovar é significativo e motiva as empresas a seguir por esse caminho, mas é caro introduzir tecnologia nova, isso demanda esforço adicional que deve ser acompanhado por políticas públicas consistentes, com caráter de longo prazo”, prosseguiu.

Calmanovici participou do encerramento do seminário ao lado de Glauco Arbix, presidente da Finep, Mauro Borges, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e Rafael Lucchesi, diretor geral do Senai.