Presidente da Anprotec defende mais sinergia para impulsionar o empreendedorismo

Um quarto da população adulta brasileira (cerca de 21 milhões de pessoas) está engajada em alguma iniciativa empreendedora. Isto é o que revela a 11ª edição da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2010).

Entre os fatores que contribuem para a obtenção desses números está possuir uma sociedade consumidora significativa – que se posiciona de forma mais produtiva e socialmente incluída – e o avanço do país na qualificação e aplicação de resultados de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Uma das instituições que possuem responsabilidade para a criação desse cenário é a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). A entidade, que completou 25 anos na semana passada, tem cerca de uma centena de iniciativas de parques tecnológicos no Brasil, em diferentes estágios e nas diferentes regiões.

A Anprotec acompanha cerca de 400 incubadoras, em várias cidades, que contribuem com a promoção dos empreendimentos inovadores nessas localidades. Segundo a presidente da Associação, Francilene Garcia, o Brasil tem uma condição especial e inspiradora para a promoção e a consolidação de iniciativas em prol do empreendedorismo inovador.

“O cenário atual é muito favorável ao crescimento do empreendedorismo inovador no país. A Anprotec, associados e parceiros estratégicos, avançam a cada ano na proposição de melhorias de políticas públicas, aperfeiçoamento de modelos de gestão e avaliação de plataformas de desenvolvimento, como parques tecnológicos e incubadoras de empresas, de forma que o empreendedorismo inovador se consolide e auxilie na geração de uma base empreendedora em nosso país”, explica Francilene

Apesar do cenário de crescimento e do avanço nas políticas públicas voltadas a plataformas que apoiem o empreendedorismo inovador no país, a dirigente defende maior integração entre os diferentes instrumentos de fomento. “Uma maior sinergia, nesse sentido, irá contribuir para um atendimento mais qualificado da demanda, inclusive nos seus diferentes estágios de maturidade e em alinhamento com as estratégias prioritárias para o país”, enfatiza.

 

Para tentar solucionar as lacunas ainda presentes nesta relação, a presidente da Anprotec acredita que a saída esteja em ajustes nos marcos regulatórios vigentes, a exemplo da Lei de Inovação e de Leis Complementares. “Uma discussão bastante qualificada, em andamento no âmbito do novo código de CT&I, traz alguns desses elementos. Aqui temos uma temática importante que é a do modelo de governança de parques tecnológicos em nosso país”.

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